Política

12 governadores serão eleitos no 1º turno. Entre eles, Caiado

Cenário político e social, segundo as pesquisas mais recentes, mostra que o atual governador tem apoio não só para conquistar mais um mandato, como para chegar a isso logo no dia 2 de outubro

Em 2018, Caiado venceu no 1º turno com mais de 59% dos votos válidos; na eleição deste ano, deve repetir a dose, mas acima dos 60%

 

As mais recentes pesquisas de credibilidade publicadas em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal indicam que, no pleito deste ano, 12 governadores serão eleitos já no 1º turno. Desde o final do ano passado, quando foi publicada a primeira pesquisa de intenção de votos para o governo de Goiás, Caiado aparece em 1º lugar e, em quase todas, liquidando a fatura da reeleição sem necessidade de prolongar a eleição.

 

Com o início oficial da campanha, no último dia 16 de agosto, Caiado deu um salto que surpreendeu os adversários. Ele chegou a 47,7% no Serpes, o instituto que historicamente baliza as disputas pelo Palácio das Esmeraldas.

 

Esse percentual corresponde a 63% dos votos válidos, bem acima do critério utilizado pela Justiça Eleitoral para definir quando uma eleição é resolvida no 1º turno, ou seja, com um dos candidatos alcançando mais de 50% mais um dos votos. Isso significa que o vitorioso precisa obter mais votos do que todos os adversários somados. O cálculo não considera os votos em branco ou nulos.

 

Na região Norte, pelo menos três Estados têm chance de ter a eleição resolvida já em um primeiro turno: Pará, Roraima e Tocantins. Neles, Helder Barbalho (MDB), Wanderlei Barbosa

(Republicanos) e Teresa Surita (MDB) colecionam bons índices de aprovação.

 

Atual governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) lidera com 62% das intenções de votos para a  Marinho (PL), com 10% das intenções de voto. Fernando Carneiro (PSol) e Cléber Rabelo (PSTU) estão empatados, ambos com 2%. Outro caso de atual governador que lidera as pesquisas de intenção de voto é Wanderlei Barbosa (Republicanos), do Tocantins. Ele aparece com 40% em levantamento da TV Anhanguera/Ipec. Ronaldo Dimas (PL) figura com 17%. Irajá (PSD) e Paulo Mourão (PT) estão empatados, ambos com 8%.

 

Em Roraima, Teresa Surita (MDB) tem 47% das intenções de voto, enquanto o atual governador Antônio Denarium (PP), 36%. Rudson Leite (PV) e Fabio Gonçalves de Almeida (Psol) estão empatados com 1%, cada.

 

Dos 9 Estados da região Nordeste, 3 têm chance de ter um resultado já no dia 2 de outubro: Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O Sergipe também estaria incluído na lista, mas o mais bem colocado, Valmir de Francisquinho (PL), foi impedido de concorrer.

 

Desde o começo das divulgações de pesquisas com pré-candidatos, em meados de julho, ACM Neto (União Brasil) é o nome preferido dos eleitores baianos para assumir o posto de Rui Costa. O último Datafolha revelou que o ex-prefeito de Salvador segue na liderança, com 54%. Jerônimo (PT) tem 16% das intenções de voto. Em 3º lugar, João Roma (PL) aparece com 8%.

 

No Piauí, pesquisa TV Clube/Ipec mostrou Silvio Mendes (União Brasil) com 38%, Rafael Fonteles (PT) com 23%. Gessy Lima (PSC) tem 3%. Coronel Diego Melo (PL), Geraldo Carvalho (PSTU) e Gustavo Henrique (Patriota) ficam empatados com 2%, cada.

 

A atual governadora do Rio Grande do Norte, na pesquisa Inter TV/Ipec, Fátima Bezerra (PT) lidera a disputa com 46% das intenções de voto. Capitão Styvenson (Podemos) têm 15% e Fábio Dantas (Solidariedade), 9%.

 

VEJA QUEM VAI LIQUIDAR A FATURA JÁ NO DIA 2 DE OUTUBRO

 

 

Goiás

Ronaldo Caiado (União Brasil)

 

Bahia

ACM Neto (União Brasil)

 

Distrito Federal

Ibaneis Rocha (MDB)

 

Espírito Santo

Renato Casagrande (PSB)

 

Mato Grosso

Mauro Mendes (União Brasil)

 

Minas Gerais

Romeu Zema (Novo)

 

Pará

Helder Barbalho (MDB)

 

Paraná

Ratinho Jr. (PSD)

 

Piauí

Silvio Mendes (União Brasil)

 

Rio Grande do Norte

Fátima Bezerra (PT)

 

Roraima

Teresa Surita (MDB)

 

Tocantins

Wanderlei Barbosa (Republicanos)

 

 

 Cenário em Goiás e Brasília sinaliza reeleição tranquila dos governadores

 

Os dois governadores da região central do Brasil – Ronaldo Caiado, de Goiás, e Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, caminham a passos largos para garantir mais um mandato, ambos com intenção de votos, nas pesquisas, suficientes para definir a eleição no 1º turno.

 

Na eleição passada, Caiado venceu logo no 1º turno. Ibaneis precisou de mais um para derrotar os adversários. Agora, o governador de Brasília está bem-posicionado e, tal como o seu colega goiano, deve ganhar no 1º turno. Ibaneis figura com 39,9% em pesquisa Metrópoles/Ideia. Em seguida estão Leila do Vôlei (PDT), com 9%, Paulo Octávio, com 7,2%, e Izalci Lucas (PSDB), com 6,2%.

 

Já Caiado disparou: a última pesquisa Serpes deu a ele 47,7% das intenções de voto, seguido por Gustavo Mendanha (Patriota), com 19,7%. Major Vitor Hugo (PL) fica em 3º lugar, com 3,7%. No Mato Grosso, o Real Time Big Data aponta grande vantagem para Mauro Mendes (União Brasil), com 43%, o procurador Mauro (PSol), apareceu com 9%, e Victório Galli (PTB), com 6%. O pleito será definido logo no 1º turno.

 

Atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) terá eleição fácil: ele aparece com 52% de intenção de votos na pesquisa TV Gazeta/Ipec. Ele é seguido por Carlos Manato (PL), com 10% e Serra Audifax Barcelos (Rede) com 7%.

 

Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição, lidera a disputa ao governo de Minas Gerais, com 56,1% das intenções de voto. O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) tem 18,6%. Carlos Viana (PL) aparece em terceiro lugar, com 3,4%.

 

No Paraná, pesquisa RPC/Ipec também mostrou que Carlos Massa Ratinho Jr. (PSD) tem 46%, enquanto Requião (PT), 24% e, em terceiro Professora Ângela (PSol) 2%.

 

 

“Quando um governador vai bem, a população quer a continuidade”

 

 

Para o professor de Ciências Políticas do Ibmec Brasília, Rodolfo Tamanaha, “os governadores que estão no poder e tentam uma reeleição são beneficiados pela gestão”, uma vez que são impulsionados pela visibilidade do poder até às vésperas do pleito.

 

“A força de quem está à frente da gestão administrativa de um Estado é um elemento que faz toda a diferença”, explica Tamanaha. Além disso, quando um governador vai bem, a percepção da população segue automaticamente no rumo da continuidade, para preservar os ganhos de gestão observados…

 

O fator “pandemia” também favoreceu o governador como Ronaldo Caiado, ainda mais quando se compara a sua conduta com o mau desempenho do governo federal. Existem cientistas políticos, como Luiz Felipe Gabriel, do instituto Verus, de Goiás, que acreditam na prevalência do enfrentamento à Covid-19 dentre os fatores que levaram Caiado a obter uma elevada aprovação para o seu governo.

 

Além disso, a amplitude dos programas sociais implantados por Caiado levou a uma visão positiva a seu respeito entre o maior segmento do eleitorado, o que está na base da pirâmide social. Curiosamente, nessa faixa, a preferência na eleição presidencial é pela volta de Lula – o que leva a uma conclusão surpreendente: Caiado e o petista estão compartilhando os votos dos goianos.

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