Política

Goiás vai eleger 17 deputados federais. Veja quem são os candidatos mais fortes na disputa

Aposta leva em consideração a alteração já válida desde a última eleição (2020), em que o cálculo da disputa não leva mais em conta as coligações proporcionais e sim o quociente partidário.

Foto: Divulgação

O senso comum costuma dizer que política e religião não se discute. O fato é que cada uma dessas áreas gera uma opinião e não há ciência exata para definir qual a melhor opção a ser escolhida, afinal, tudo depende de uma série de fatores para chegar a uma conclusão. Mas, se tratando de ano eleitoral, o assunto está sempre presente na boca do povo e apesar de não ter como saber o resultado antes da votação, o cenário com os postulantes mais fortes já começa a ser desenhado.

Falando de cargo a nível federal, mais precisamente dos 17 parlamentares que serão escolhidos para representar os 246 municípios goianos na Câmara dos Deputados, em Brasília, algumas apostas já movimentam o pleito. Essa estimativa é baseada no quociente eleitoral do estado e na quantidade de legendas na disputa, já que essa será a primeira eleição sem coligações proporcionais, ou seja, cada partido terá que atingir o quociente eleitoral para se eleger um candidato. O índice é obtido pela divisão do número de votos que o partido teve (os individuais mais os dados para a legenda) dividido pelo quociente eleitoral, que é a divisão dos votos válidos pelo número de cadeiras em disputa.

Nesse pleito, Goiás tem mais de 4,8 milhões de eleitores aptos a votar. Desconsiderando cerca de 20% de votos brancos, nulos e abstenções, o quociente partidário de Goiás gira em torno de 200 mil votos para os partidos maiores elegerem um candidato a deputado federal. As legendas menores entram nas chamadas “sobras”, por isso mais legendas têm conseguido eleger candidatos com uma menor quantidade de votos válidos, em comparação aos maiores.

Seguindo essa matemática, veja a seguir os candidatos mais fortes a ocupar uma cadeira no Congresso Nacional a partir de janeiro de 2023, por legenda. Os critérios incluem, ainda, experiência política, apoiadores, articulação e popularidade.

PSD

A grande aposta do Partido Social Democrático (PSD) é do atual vice-prefeito de Rio Verde, Dannillo Pereira, que tem a seu favor o respaldo de peso do prefeito Paulo do Vale, que é bem quisto não só município, com aprovação acima de 80%, mas também na região sudoeste, que tem um colégio eleitoral expressivo.

Também avaliza a campanha de Dannillo o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira, que seria, inicialmente, o representante favorito do PSD na Câmara Federal. Mas, após desistir do embate por motivos pessoais, abraçou totalmente a campanha do colega rio-verdense, cedendo, inclusive, importantes bases políticas (em torno de 160 municípios) e dobradinhas com, pelo menos, 20 candidatos a deputado estadual.

A segunda vaga do partido deve ficar entre o veterano já consagrado, Francisco Júnior, que tem apoio maciço da igreja católica e foi o único que recebeu fundo eleitoral para trabalhar sua reeleição. Mas, também chama atenção na legenda o nome do ex-secretário de Saúde de Goiás, Dr. Ismael Alexandrino, que comandou, ao lado de Caiado, a regionalização da saúde em Goiás durante a pandemia, com abertura de leitos em todas as regiões do estado. Outros nomes figuram com certo destaque e podem ser supresa nessas eleições. É o caso do vereador de Goiânia, Lucas Kitão e da vereadora de Formosa, Cátia Rodrigues.

UB

O União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado, deve eleger de dois a três candidatos. Uma das grandes apostas da legenda é a candidatura da jornalista e ex-apresentadora da Record TV, Silvye Alves. Com alta popularidade, não só nas redes sociais, onde acumula mais de 1,2 milhão de seguidores, Silvye tem a seu favor o fato de ser mulher, já que a política é carente de representantes femininas; defensora de causas sociais e da bandeira do feminicídio. Também está na mira do partido o médico cirurgião e já deputado federal, Zacharias Calil, que nas eleições passadas teve votação recorde.

MDB

Um nome que vem ocupando os holofotes do tradicional Movimento Democrático Brasileiro (MDB) é o de Márcio Corrêa, que é presidente da legenda em Anápolis. Ele tem o apoio do diretório no estado e também, segundo a boca miúda, é o preferido do candidato a vice-governador Daniel Vilela, presidente estadual da sigla. A outra vaga deve ficar com o veterano Célio Silveira, que tem bastante capilaridade política no entorno do Distrito Federal.

PSDB

Três nomes ganham destaque na legenda tucana de Marconi Perillo. Lêda Borges, outra candidata experiente e com força no entorno do DF; o ex-presidente da Alego, Hélio de Sousa, do Vale do São Patrício, que já acumula vários mandatos no Legislativo goiano e o novato na política, jornalista Matheus Ribeiro, que pode ser revelação entre os postulantes desse ano.

PP

Adriano do Baldy é o candidato à reeleição pelo Progressistas com maior probabilidade de continuar ocupando uma vaga em Brasília. O experiente José Nelto também deputado federal, deve ser outro que volta para o cargo.

PL

A figura mais emblemática do Liberal tem sido Magda Moffato. Veterana em Brasília, a candidata tem perfil polêmico, que se mantem na mídia, e não costuma economizar em suas campanhas. Uma revelação pode ser o Youtuber Gustavo Gayer. É bom lembrar, ainda, do professor Alcides, um dos candidatos que iniciou sua pré-campanha com muita antecedência.

Republicanos

Pastor Jefferson e Rafael Gouveia, ambos do segmento evangélico são os favoritos da sigla para ocupar uma cadeira na Câmara. Os dois já são deputado estadual.

PT

A delegada Adriana Acoorsi deve ser a grande puxadora de votos do partido. No entanto, como PT deve fazer dois candidatos, o veterano Rubens Ottoni deve continuar ocupando sua vaga.

Siglas menores

Algumas surpresas ainda vão surgir após o resultado do dia 2 de outubro. Partidos menores terão os seus representantes e os nomes favoritos são, a maioria, já tarimbados. É o caso de Flávia Morais no PDT, Glaustin da Fokus no PSC, Lucas Vergílio no Solidariedade e Alcides Rodrigues, ex-governador de Goiás, no Patriotas. Há também o policial militar Edson Raiado, do Avante, que pode ser uma surpresa nesse pleito, e o empresário Enio Tatico, principal aposta do Podemos.

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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