Polícia Civil procura 8 foragidos acusados de golpe de R$35 milhões em cartas de crédito
Quadrilha com 14 integrantes inclui advogados e contadores
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), durante a Operação Cota Criminosa, desmantelou um grupo criminoso que usava moradores de rua como laranjas para abrir empresas fantasmas e adquirir cartas de crédito de consórcios, em Goiás.
Quatorze prisões foram cumpridas na última terça-feira (11) em Goiânia, Anápolis, Corumbá de Goiás, Goianésia, Jaraguá e Uruaçu.
O grupo que ostentava a vida de luxo em redes sociais, possuía 134 veículos que foram apreendidos, entre eles, uma Lamborghini avaliada em aproximadamente R$ 1 milhão. A Operação segue agora em busca de capturar oito pessoas que estão foragidas.
Até agora os bens sequestrados pela PC, que pertenciam ao grupo, somam mais de R$ 35 milhões. O delegado responsável pelo caso, Thiago Martimiano, disse ao Diário de Aparecida, que a princípio, não teve mandados cumpridos e nem vítimas em Aparecida de Goiânia.
Moradores de rua eram usados como laranjas
O investigador explicou que advogados, (inclusive dois deles foram presos), e contadores , eram os responsáveis por abrirem empresas fantasmas em nome dos laranjas e dessa forma realizavam movimentações nas contas falsas para dar lances e adquirirem cartas de consórcios nas revendas.
Após a aquisição das mesmas, os suspeitos não pagavam as parcelas dos créditos e vendiam os carros pela metade do preço, usando apenas uma procuração, no famoso esquema conhecido como “Finam”. Quando as instituições cobravam as taxas do consórcio, encontravam moradores de rua e empresas de fachada, que nem endereços possuíam, como destacou o investigador.
A polícia não divulgou os nomes das empresas que concederam os créditos aos investigados e alerta a população que pesquisem e apurem antes de fazerem um consórcio. A OAB ainda não se pronunciou sobre os advogados investigados.