Polícia de Goiás põe o “barão do tráfico” atrás das grades e confisca 5 toneladas de maconha
Ações da PM e PC resultaram na prisão de 2 traficantes de alta potência
Por: Suely Carvalho
No último domingo (23), uma operação conjunta entre as Polícia Militar de Goiás e Minas Gerais (PMGO/PMMG), desarticularam uma grande organização criminosa, prendendo um traficante de alta periculosidade que detinha em seu poder 5,6 toneladas de maconha pronta para ser despejada no mercado.
A ação deu um prejuízo de mais de R$ 7,6 milhões ao crime organizado. Na quinta-feira (20), a PM mineira já havia apreendido em uma casa na cidade de Frutal 5,6 toneladas da droga.
Diante da grande quantidade, investigações começaram a ser compartilhadas com a PC goiana em busca de informações.
Durante diligências, policiais goianos apuraram e descobriram que havia mais 5 toneladas do entorpecente escondido em outra casa em Uberlândia.
Ao chegarem na residência que possuía todas as janelas pintadas de preto, para evitar que qualquer pessoa conseguisse visualizar a maconha escondida no imóvel, os policiais cumpriram a prisão do traficante.
Além das 5 toneladas da erva que estava acondicionada em diversos sacos, uma espingarda gauge 12 que pertencia a um policial militar e 03 revólveres calibre .38 foram apreendidos.
Meliante foi pego dentro de sobrado de luxo em Goiânia
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por intermédio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), prendeu no último sábado (22), no Setor Sul, em Goiânia, o homem que leva o título de “barão do tráfico” em Goiás.
Carlos Noronha, de 58 anos, considerado um grande atacadista de cocaína e um dos principais traficantes de drogas do Estado de Goiás, foi pego dentro de seu luxuoso sobrado.
Há décadas no crime, o primeiro registro de Carlos remonta a 1992, quando foi preso pela 1ª vez por furto a residência em Brasília. A partir de então migrou para o tráfico de drogas, alcançando status de traficante internacional e colecionando registros pela PF e PC de Pernambuco, GO, MG e DF.
Possui condenações por tráfico, associação para tráfico, organização criminosa, falsidade documental, lavagem de dinheiro e homicídio.
Em 2001 foi apelidado de “Pato Rouco”, após trocar tiros com os federais em Brasília, durante o recebimento de um carregamento de cocaína vindo da Bolívia e ser atingido no pescoço. O ferimento afetou sua voz.
Ainda no mesmo ano, foi preso durante a Operação Sbordone da PC do DF pelos crimes citados acima. Naquela ocasião 1,4 toneladas de drogas foram apreendidas com o mega traficante. Meses depois, foi solto e respondia aos processos em liberdade.
Em solo goiano, desde o último mês de setembro, ele foi o responsável pelo transporte de 280 kg de cloridrato de cocaína, droga com grande teor de pureza e altíssimo valor agregado, avaliada em cerca de R$ 14 milhões, carregamento apreendido no município de Vianópolis, que resultou na prisão de 3 comparsas da associação a qual era líder.
A nova prisão se deu em detrimento a esta ação, e a PC calcula que com este novo indiciamento, Noronha permaneça e seja condenado, cumprindo todas as penas que lhe foram imputadas.
Sua prisão constituiu também um duro golpe no crime organizado e evita iminente disseminação de enorme quantidade de drogas em todo Centro-Oeste brasileiro.