Polícia

Delegacia de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária irá atender investigados, testemunhas e vítimas pelo WhatsApp

Recomendação partiu do MP visando facilitar a comunicação com os envolvidos em apurações e diligências judiciais

 

Policiais civis irão receber aparelho celular para uso do aplicativo. Foto: Reprodução/Internet

Por: Suely Carvalho

Visando facilitar a comunicação com envolvidos em apurações e diligências judiciais, o Ministério Público de Goiás (MPGO), protocolou na segunda-feira (07), uma recomendação  à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), que  adote o uso de ferramentas digitais no cumprimento dessas atividades, modernizando dessa forma o sistema de atendimento público.

Conforme orientado, a medida deverá ser adotada nas oitivas de investigados, testemunhas e vítimas quando arroladas em processos.

À exceção será restrita apenas em casos que sejam imprescindíveis o comparecimento presencial.

A orientação dos promotores de Justiça Fernando Krebs e Astúlio Gonçalves de Sousa, titulares da 59ª e 86ª Promotorias de Goiânia, se restringe somente a policiais civis lotados naquela repartição pública.

Assim que o novo método digital for adotado no departamento, os agentes receberão celulares funcionais, visando facilitar a comunicação com os envolvidos nas apurações, por meio do uso do aplicativo WhatsApp e outros apps similares de bate -papo.

“Em plena era digital, onde o poder judiciário já faz intimações e citações por meio do Whatsapp, a Polícia Civil também não poderia ficar atrás do seu tempo.  Temos que usar essas modernas ferramentas digitais para agilizar as oitivas de pessoas através do Zoom, do próprio Whatsapp, ou fazendo intimações por meio de e-mail digital. Com isto, vai se ganhar muito em termos de celeridade e eficiência por parte da atividade policial”, pontuou o promotor de justiça, Fernando Krebs, durante entrevista ao Diário de Aparecida.

 

“A polícia não pode viver no século passado”

Uma outra recomendação foi encaminhada à direção da DOT, pelo MP. Está diz respeito à Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), que foi a 1ª delegacia criada pela Polícia Civil de Goiás e é responsável pelo intercâmbio com a Segurança de outros estados e países.

O MP solicitou o remanejamento da especializada ou até mesmo um estudo sobre a possibilidade de desinstalação, visto que a demanda dessa unidade poderia  ser absorvida por outras delegacias de Goiânia.

O órgão reforçou ainda que o departamento policial também adote as novas ferramentas  digitais laborais.

“A Polinter não tem nem razão para existir ainda. Porque é uma delegacia feita para execução de cartas precatórias; para oitivas de pessoas que se encontram em qualquer lugar do mundo é isto pode ser feito por meio de celular, Whatsapp ou Zoom. Não há necessidade de existir essa delegacia. Nós poderemos aproveitar melhor o delegado, os agentes de polícia, escrivães que integram este distrito policial, os recursos materiais humanos, distribuindo essa função, quando necessário, em outras delegacias especializadas.È preciso modernizar a polícia, ela não pode viver no século passado. ela tem que viver é neste século, que é o do mundo digital. Essas recomendações foram expedidas, porque cabe à nossa promotoria, fazer a fiscalização e o controle, tanto da DOT quanto da Polinter” concluiu o magistrado.

 

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