Polícia Civil cumpre mandados em Aparecida contra farsa telefônica de Golpe do Novo Número
Grupo criminoso paulista vitimou mais de 20 pessoas em Goiás aplicando o estelionato eletrônico
Suely Carvalho
Operação Easy Money, traduzindo “dinheiro fácil “, que era obtido por meio do golpe de estelionato virtual, a farsa telefônica popularmente conhecida como “golpe do novo número”, foi desencadeada na quarta-feira (7), pela Polícia Civil de Goiás, (PCGO), por intermédio do Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais – (GREF/DEIC), contando com o apoio operacional e conjunto do núcleo sul do Departamento de Polícia Judiciária DEINTER 5, de São José do Rio Preto-SP.
Ordens judiciais foram expedidas pela justiça paulista e executadas no Estado de Goiás.
No total, 8 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo 2 deles em Aparecida de Goiânia , 5 na Capital e o último em Trindade por agentes das especializadas cíveis.
Investigações apontaram que o grupo criminoso apuravam dados pessoais das possíveis vítimas por meio de uma plataforma ilegal e chegavam a descobrir até mesmo o endereço e renda média deles.
“Eles buscavam materializar os crimes aqui em Goiás com o recebimento das fraudes”, explicou o delegado goiano, Paulo Ludovico, um dos coordenadores da operação ao Diário de Aparecida.
Também ao DA o chefe da polícia paulista Renato Camacho esclareceu qual foi a participação dos golpistas em Aparecida no esquema criminoso.
“Em Aparecida cumprimos 2 mandados contra pessoas que participaram recebendo os valores depositados pelas vitimas de São Paulo. Na maioria das vezes eram pessoas que alugavam ou emprestavam contas em troca de uma porcentagem do valor que era depositado. Com eles aprendemos celulares e cartões bancários”, pontuou o investigador.
Ao ser questionado de quanto seria o montante do prejuízo sofrido pelas vítimas paulistas, o agente da lei explicou que, “foi muito variado. Mas não costumamos mencionar os valores para não incentivar possíveis criminosos em formação”
Camacho explicou que o grupo criminoso obtinha diversos dados das vítimas, como nomes, endereços, telefones, nomes de parentes próximos e utilizavam o número de um celular que eles compravam, colocando a foto daquela pessoa no WhatsApp, se passando por ela para assim solicitar dinheiro através de transferências bancárias.
Todos os investigados foram conduzidos para oitivas.
Somente com um deles foram encontrados 18 cartões bancários em seu nome e além de celulares e cartões magnéticos, houve também uma apreensão de drogas.
Os policiais da DEIC enalteceram a grande importância da integração entre as Polícias Judiciárias de todo Brasil no combate às fraudes eletrônicas.
Confira a matéria na integra na edição impressa desta quinta-feira.