Campeonato Brasileiro: Quadrilha recebeu cerca de R$600 mil fraudando resultados
Jogadores ganhavam cerca de R$ 150 mil para cavar o pênalti no 1º tempo das partidas e ganhar apostas esportivas
Por Suely Carvalho
O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol (GFUT), deflagrou na manhã de hoje, 14, a Operação Penalidade Máxima visando à obtenção de provas de associação criminosa especializada na manipulação de resultados de partidas da série B do Campeonato Brasileiro de 2022.
As investigações desarticularam um grupo criminoso que atuava mediante a colaboração de jogadores profissionais, como por exemplo, da equipe do Villa Nova de Minas Gerais, investigada na operação, para manipular os resultados, por meio de cometimentos de falsos pênaltis e com o resultado final do jogo, abocanhava todo o montante das apostas esportivas de valores elevados.
Em contrapartida, os atletas recebem parte dos ganhos, em caso de êxito. Estima-se que cada suspeito tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil por aposta.
Há elementos comprovando que o grupo tenha fraudado 03 partidas ocorridas no final do campeonato de 2022.
Estima-se que os valores obtidos com o esquema ultrapassem o montante de R$ 600 mil.
Estão sendo cumpridos 01 mandado de prisão temporária e 09 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores, em Goiânia, São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).
As práticas delitivas podem se enquadrar nos crimes previstos nos arts. 288 do Código Penal, arts. 41-C e 41-D do Estatuto do Torcedor e art. 1º da Lei n. 9.613/98.
Apoiaram a operação as Polícias Militar (PM), Policia Civil (PC) e Policia Penal de Goiás (PP), além dos Gaecos dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso, do Cyber Gaeco do Estado de São Paulo e do Centro de Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.