Desde o início da segunda quinzena de janeiro, às confecções, lojistas e vendedores da região da 44 em Goiânia, que é o segundo maior polo de venda e o sétimo em produção de moda no Brasil, comemoram aquecimento nas vendas, estimuladas pelo carnaval.   Na contagem regressiva para a festa, ainda é possível encontrar muitas  peças cheias de brilho, paetê, tule e muita cor nos corredores dos shoppings e nos ambulantes da região.

O fato de ainda ter produto não quer dizer que esteja sobrando produto, mas sim que os lojistas aumentaram a produção para atender a grande demanda, que já é quase 20% maior que em 2020, quando o último carnaval foi realizado antes da explosão da Covid-19.  Isso é o que explica Tássia Carvalho, gerente de marketing dos dois maiores shoppings da região. 

 “O carnaval tem movimentado a economia do shopping há mais de 15 dias. Como o nosso cliente principal é o lojista de outras cidades que vem buscar novidades para revender, sentimos um aumento no fluxo de cerca de 20% já na segunda quinzena de janeiro.”, explicou.

Fora os shoppings, os vendedores ambulantes também comemoram bons resultados. Lucilia Silva, que trabalha como ambulante há 8 anos, destaca que nunca vendeu tão bem no carnaval como neste ano. “Já repus a mercadoria 3 vezes. E, graças a Deus acaba tudo. Parece que todo mundo está querendo tirar o atrasos dos dois anos que ficaram em casa neste ano”, disse a ambulante que destacou que, na semana passada, ela vendeu mais que no Natal. Ela acredita que o alto das vendas tenha ocorrido por causa dos bloquinhos de pré- carnaval  que saíram às ruas no final de semana. 

Customização

Não só roupas novas vivem os foliões. Além de looks e acessórios novos, os foliões também têm buscado a região para customizar abadás e roupas que foram usadas em anos anteriores.  Rogélia Pinheiro, gerente do Clube de Costura, espaço que faz customização dentro de dois dos shoppings da região, a procura por customização de abadás também cresceu na última quinzena.

Desde a semana passada a empresa contratou mais uma costureira para auxiliar em um novo ponto alternativo aberto  na avenida Ricardo Paranhos, em um dos locais onde os foliões estavam retirando abadás para o pré-carnaval.  Na semana passada, o aumento do trabalho com ajustes foi quase 30% maior. A expectativa é que esta semana os números continuem crescendo. 

Dona Luzia Silva, é costureira em Aparecida de Goiânia, ela conta que não tem mais horário para pegar nenhum ajuste e nenhum serviço até a próxima sexta-feira. Segundo ela, a quantidade de trabalhou aumentou mais de 90% nesses últimos 10 dias.