Selic: aumento da taxa pode encarecer sonho da casa própria
Especialista diz que expectativa é de estabilização da taxa Selic em 2023
Uma pesquisa divulgada, na semana passada, mostra que a projeção para a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) subiu de 12,50% para 12,75% para o ano de 2023. No começo do ano, os bancos mantiveram a Selic em 13,75% ao ano, na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), após a posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Com a subida da taxa, há uma previsão negativa no mercado de os financiamentos fiquem mais caros. Isso pode acontecer porque a taxa Selic, que sobe e desce de acordo com a inflação, afeta todas as taxas de juros no Brasil, como as cobradas em empréstimos, inclusive as taxas de financiamento imobiliário. Quando se trata de casa própria, qualquer variação para cima ou para baixa na taxa pode ser a diferença entre a realização de um sonho e a inadimplência.
Diego Amaral, advogado especialista em direito imobiliário, e diretor da Comissão de Direito Imobiliário do Conselho Federal da OAB, explica que com a subida da Selic, naturalmente os financiamentos ficam mais onerosos, valores de parcelas ficam mais altos e o custo efetivo total acaba aumentando um pouco mais.
O advogado explica ainda que a tendência é de estabilização e de pequena queda na taxa Selic em 2023. “A expectativa não é de uma queda acelerada da taxa Selic que continua alta até para combater a inflação do país”, afirma o advogado.