Briga por dinheiro foi estopim para assassinato da esteticista Juscélia
Marido confessou o crime e explicou que a desavença foi causada por R$ 8 mil reais provenientes da venda de um carro
A reviravolta no caso da esteticista Juscélia, encontrada morta no último domingo (19), em uma estrada de terra, em Abadia de Goiás, chamou a atenção. As primeiras informações apontavam que ela havia ido para uma entrevista de emprego, pego um Uber e desaparecido. Depois, o marido disse que a esposa estava tomando remédios anti-depressivos e que suspeitava que ela havia cometido suicídio.
Porém, com a prisão de Reginaldo Nunes de Moura, de 43 anos, marido de Juscélia, em um hotel às margens da GO 070, em Goianira, o caso chocou ainda mais. Ele confessou que matou a esposa e que escondeu o corpo. De acordo com a versão dele, a morte dela não foi planejada e aconteceu “por acaso”.
Em depoimento ao delegado João Paulo Mendes, da Delegacia de Homicídios, Reginaldo, que não esteve no velório da esposa, confessou o crime e disse que matou a mulher após uma briga por conta de um dinheiro proveniente da venda de um carro da família. “Segundo o suspeito, eles queriam dar destinos diferentes ao valor recebido. Ele conta que durante uma briga, a vítima teria caído e batido com a cabeça”, explica o delegado. De acordo com Mendes, o investigado não apresentou qualquer tipo de arrependimento durante sua oitiva.
Reginaldo contou que discutiu com a esposa por que ela queria que ele pegasse o dinheiro obtido com a venda de um carro para quitar um débito que o casal tinha de R$ 13 mil no banco. Porém ele tinha como objetivo pagar pequenas contas e usufruir do restante.
No meio dessa discussão, que segundo ele, estava acalourada, Reginaldo diz ter empurrado a esposa que teria quebrado o pescoço na queda. Para a polícia, ele disse que ficou desesperado. Porém ao invés de pedir socorro ele preferiu esconder o corpo.Reginaldo contou ainda que pego um carro emprestado com o irmão da vítima para se desfazer do corpo.
já que o veículo do casal tinha sido vendido recentemente. Quando foi preso ontem à noite, o réu confesso estava com outro carro, que pegou emprestado com uma vizinha na manhã de domingo logo após ser informado sobre a localização do corpo de sua esposa. O marido da vítima também simulou conversas por meio dela celular dela para dar a entender que ela teria ido a uma entrevista de emprego e que teria desaparecido e um Uber.
Quando o corpo de Juscélia foi encontrado, Reginaldo pediu o carro da vizinha emprestado com a desculpa de cuidar das coisas do velório. Como ele sumiu, a vizinha foi até a delegacia informar que ele havia desaparecido no veículo.
Os R$ 8 mil que teriam sido a motivação da morte de Juscélia ainda não foram encontrados. A Polícia Civil de Goiás informou que laudos complementares ainda estão sendo aguardados para elucidar detalhes da ação e as circunstâncias pormenorizadas da morte da esteticista.