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Alagamentos: Goiânia busca universidade para solucionar problema urbano

Drenagem urbana para solucionar os mais de 100 pontos críticos de alagamento da capital é o tema principal da parceria da prefeitura com a UFG

Uma parceria entre a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Prefeitura de Goiânia  tem como objetivo solucionar um dos principais problemas urbanos da cidade: os alagamentos.  Na segunda-feira, 27 de fevereiro foi assinado um , protocolo de intenções para elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU).

O Plano será guia para as políticas públicas para a drenagem urbana em Goiânia. De acordo com o prefeito Rogério Cruz, a UFG realizará um estudo aprofundado com um corpo técnico  e vai buscar soluções para até 20 anos. Enquanto isso, segundo o prefeito, a gestão está trabalhando em soluções para 11 pontos de alagamento por meio do Programa Goiânia Adiante.

O prefeito informou que o município incluirá dentro das leis complementares do Plano Diretor de Goiânia alteração para que os proprietários não fechem todo o quintal, a exemplo do que ocorre na Lei das Calçadas, onde 80 centímetros do pavimento são reservados para a grama. Rogério Cruz destacou o trabalho de limpeza dos bueiros e encanamentos com o uso da tecnologia que aspira entulhos que podem obstruir a passagem da água.

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, afirmou que “participar ativamente de um projeto dessa envergadura faz parte da visão institucional da entidade e está dentro das suas missões”. “A UFG está nesse projeto porque desenvolve soluções tecnológicas, científicas e inovadoras, e hoje possui o único laboratório do Brasil que realiza estudos multidisciplinares articulados em hidrologia e geotecnia”, disse.

“Nós vamos elaborar com o nosso corpo técnico-científico um Plano que será um guia para as políticas públicas e que criará as condições para que a cidade lide melhor com os eventos climáticos extremos, que têm causado muitas tragédias. E, depois, para que a cidade continue sua trajetória de crescimento sem danificar ou criar mais prejuízos ao meio-ambiente”, explicou a reitora.

O secretário Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Denes Pereira, destacou que “o problema da drenagem urbana em Goiânia é histórico”. “Como as obras ficam embaixo da terra, a população não costuma reconhecer a importância das intervenções, o que pode ter feito com que, nas gestões anteriores, a área não tenha recebido muitos investimentos”, observou.

“A verdade é que em 89 anos de existência Goiânia não conta com um Plano de Drenagem Urbana que contemple toda a cidade”, disse. Citando os bairros que costumam enfrentar problemas com as chuvas, como a região da Alameda dos Buritis, completou: “Se cada prefeito que passou nas últimas décadas tivesse realizado quatro, cinco ou seis obras de drenagem urbana, hoje a nossa realidade seria diferente”.

O professor da UFG e coordenador do projeto, Cléber Formiga, também ressaltou que os problemas de drenagem da capital se arrastam desde a sua criação. “Goiânia vai fazer 90 anos e nós temos 90 anos de problemas na cidade”, disse, destacando o papel da UFG na parceria com o município. “A universidade tem de ser orgânica, estar dentro da cidade, contribuindo. A prefeitura se mobilizou ao longo dos últimos meses e iniciamos esse processo”, disse.

Participaram do evento os secretários Gustavo Cruvinel (Controladoria); Durval Pedroso (Saúde); Horácio Melo (Mobilidade); Reale Palazzo (Comunicação); Carlim Café (Regularização Fundiária); Cida Garcez (Direitos Humanos); Maria Yvelônia (Desenvolvimento Humano e Relações Institucionais); Júnior Café (Procon); Wellington Paranhos (Guarda Civil); e Tarcísio Abreu (CMTC). Estiveram presentes os vereadores Henrique Alves; Sargento Novandir, Pastor Wilson, Juarez Lopes e Denício Trindade.

 

 

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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