Entenda porque algumas pessoas tem medo de palhaço
O desconforto na presença do personagem pode vir a se apresentar na infância, na adolescência ou até mesmo na vida adulta
Você já ouviu falar de alguém que tem medo de palhaço? Essa fobia é chamada de Coulrofobia, geralmente diagnosticada em crianças de 2 a 7 anos de idade.
Segundo Cristiane Santos, psicóloga do Núcleo de Atendimento Psicológico e Psicopedagógico da Faculdade Santa Marcelina, esse tipo de trauma, denominado de fobia (medo exagerado de algo ou de alguma situação) é comum, pois os palhaços sempre tiveram um lado obscuro, que desperta em algumas pessoas um medo incontrolável e potencializado pela fantasia do que está “escondido” por trás da maquiagem. “Vale ressaltar a diferença entre medo, síndrome do pânico e fobia. Medo nos faz evitar situações que possam nos prejudicar.
Fobia é um medo desproporcional que pode afetar a vida do indivíduo. Já o pânico não tem razão aparente. Pessoas com Síndrome do Pânico têm ataques repentinos desencadeando sintomas físicos e emocionais”, explica.
O desconforto na presença de um palhaço pode ser apresentado na infância, adolescência ou até mesmo na vida adulta, no entanto, para ser considerado coulrofobia, a pessoa tem que ter vivido alguma experiência traumática, ou ter sido exposto a situações desagradáveis que envolvam a figura do palhaço. “Como são situações complexas, o diagnostico deve ser realizado por um profissional especializado. Em relação ao tratamento cito a psicoterapia realizada por psicólogo, sendo a TCC (Terapia Cognitiva Comportamental), a abordagem mais indicada, pois inclui, a terapia de exposição onde o profissional trabalha a dessensibilização em relação ao objeto ou situação temida. Além disso, quando necessário, acompanhamento psiquiátrico e tratamento medicamentoso também são indicados”, disse a psicóloga.
Vale ressaltar que, para um tratamento ser mais eficaz o ideal é “A terapia por psicólogo especializado, auxilia no enfrentamento dos chamados gatilhos, que levam o indivíduo a ter reações físicas e emocionais adversas”, finaliza.