Condição que causa perda de cabelos afeta emocional de mulheres
Novela das sete, da Rede Globo, vai abordar a doença através da personagem Marlene, mãe da protagonista Sol
A Alopecia, condição que faz com que homens e mulheres percam o cabelo, está em debate há alguns anos. Famosos como a cantora sertaneja Maraísa, dupla de Maiara, já assumiram que têm a doença e contaram publicamente as soluções que usam para combater a doença.
Agora, o tema entra na novela “Vai Na Fé”, da TV Globo. Na trama, a personagem Marlene, vivida pela atriz Elisa Lucinda, que é mãe da protagonista portadora da condição. Em suas redes sociais, a atriz comentou que a cena não tinha texto, que apenas ela na frente do espelho tirando a peruca e sentindo a dor e a vergonha, da questão estética.
A atriz Elisa não possui alopecia na vida real. O que veremos na novela será a caracterização da personagem para abordar o tema. A alopecia é a redução da densidade capilar em um indivíduo. Ou seja, a perda de cabelo ou pêlos em uma parte específica do corpo ou da cabeça.
De acordo com otricologista, Ademir C. Leite Jr, o paciente costuma buscar auxílio de um profissional especializado apenas quando a alopecia se torna perceptível. E, isso acontece, segundo ele, quando cerca de 25% a 30% da quantidade normal de cabelos que o sujeito possui já está comprometida.
A alopecia areata não tem cura. Por isso, o tratamento é indicado, mas não é obrigatório. Por se tratar de uma doença recidiva, ela poderá aparecer novamente, entretanto, como está relacionado à aparência física, o tratamento pode evitar que novos distúrbios psicológicos apareçam.
O tratamento é feito por um dermatologista e sempre vai variar de caso para caso conforme a sua gravidade. Ele pode ser feito com injeções de cortisona, aplicação de cremes com corticosteroides ou pomadas no couro cabeludo para estimular os folículos a produzirem os fios.
Perucas e laces inteligentes ajudam mulheres a levantar a autoestima
Além de Maraísa, outra paciente em tratamento contra a alopecia, que virou notícia internacional, foi Jadda Smith, esposa de Will Smith, que foi alvo de piada durante a cerimônia do Oscar 2022. Jadda optou por assumir a careca.
Este é não é o caso de Jovenilia Bezerra Carvalho, 66 anos. Ela relata de que desde adolescente sempre teve muito pouco cabelo. “Meu cabelo sempre foi muito pouco. Com os anos ele foi ficando cada vez mais escasso. Isso ia me deixando triste e deprimida. As pessoas na rua olham , percebem e a gente se sente estranha. Porque o normal é ter cabelo. Minha autoestima estava muito ruim e foi aí que a Eliana me apresentou as laces inteligentes”, conta. Jovenilia conta que após começar a usar a lace ela voltou a sair e a frequentar bares e restaurantes. “Me sinto bonita de novo”, destaca.
As laces inteligentes relatadas por Jovenilia são perucas com fios artificiais inteligentes que foram desenvolvidas no Japão. Elas chegaram a pouco tempo no Brasil e o público as conhece muito pouco. De acordo com Eliana Martins, proprietária do Salão Vitrine da Mulher, em Goiânia, que é um dos poucos no Brasil que comercializam as peças, essas perucas têm como diferencial a leveza, a naturalidade, a maleabilidade e a facilidade de cuidado.
“As laces inteligentes são ideais para quem está fazendo quimioterapia ou para quem sofre com a alopecia. Isso porque elas são fáceis de usar, permitindo que a pessoa coloque e tire sozinha e tem a manutenção que pode ser feita em casa. São perucas que dão movimento ao cabelo e que, por isso, dificilmente é perceptível que não é o cabelo de verdade”, revela a especialista ao destacar a facilidade para lavar e para colocar que a peça fornece.
De acordo com Eliana, as laces podem ser lavadas em casa em uma bacia com shampoo neutro. Ainda de acordo com ela, as perucas inteligentes podem secar naturalmente e não precisam de cola ou de touca para colocar no cabelo. “Praticidade e naturalidade são os principais diferenciais desse produto”, revela.
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