Em novembro de 2022, uma explosão em uma caldeira da usina Goiás Asfaltos, que divide área na Pedreira Araguaia, em Aparecida de Goiânia, resultou em um vazamento de óleo derivado de petróleo que contaminou o solo e as águas do Córrego Santo Antônio, além de causar mau cheiro em vários bairros da região.
Agora, após a conclusão do inquérito que fez a investigação do ocorrido, três empresas foram culpadas por crimes de poluição e por funcionar sem licença ambiental. Além das duas empresas, o proprietário da Goiás Asfaltos e a Construtora N.Mamede também foram indiciados.
A empresa Goiás Asfaltos foi multada em R$ 400 mil por dano ambiental após o vazamento de óleo provocado pelo superaquecimento do tanque de massa asfáltica utilizado pela usina. Na época, foi determinado que a empresa reparasse os danos provocados, por meio da retirada do solo contaminado e drenagem no leito do rio para retirada da crosta formada pelo derramamento do produto.
De acordo com reportagem do G1 Goiás, a defesa da Goiás Asfaltos ainda não havia se pronunciado sobre o caso. Já a defesa da Construtora N.Mamede e Pedreira Araguaia alegou que ambas empresas seguem contribuindo com o procedimento investigativo.
”A assessoria jurídica das companhias Pedreira Araguaia Ltda. e Construtora N Mamed Ltda., se manifesta quanto as notícias veiculadas na imprensa acerca do indiciamento realizado pela Delegacia Estadual de Repressão à Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA). Inicialmente, cumpre informar que as Pessoas Jurídicas contribuíram com todo o procedimento investigativo através da disponibilização de documentos, depoimentos e licenças solicitados pelos órgãos fiscalizadores. Em segundo plano, houve concessão de entrevistas e esclarecimentos a todas as perguntas apresentadas pelos diferentes canais de imprensa, visando colaborar com a sociedade goiana”, disse em nota divulgada pelo G1.
Sobre o caso
De acordo com o delegado Luziano de Carvalho, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra Meio Ambiente (Dema), a explosão provocou o derramamento de 3 a 5 mil litros de óleo derivado do petróleo, em um extensão de mais de 500 metros.
À época, a Defesa Civil explicou que as substâncias presentes na produção de massa asfáltica, como enxofre e nitrogênio, podem ter sido liberadas após a explosão, entretanto, nenhum gás tóxico foi detectado.
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