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Goiás lidera em número de trabalhadores resgatados em condição análoga à escravidão em 2023

Ao todo, foram 372 casos confirmados este ano

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o estado de Goiás é o que mais tem registrado casos de trabalhadores em condição análoga à escravidão até o momento em 2023.

Segundo o órgão, foram realizadas quatro operações e atendidas mais de cinquenta denúncias, resultando no resgate de 372 trabalhadores.

Apesar da Lei Áurea ter sido assinada há 135 anos, casos de trabalho escravo ainda são recorrentes não só em Goiás, mas em todo o Brasil. Segundo o auditor-fiscal do MPT, o número de resgates é resultado da intensa atuação dos seis órgãos responsáveis pelas operações: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A maior operação aconteceu em março deste ano, quando foram resgatados 212 trabalhadores que prestavam serviços a usinas de álcool e produtores de cana de açúcar nos municípios Itumbiara, Edéia e Cachoeira Dourada, no sul de Goiás.

Durante a operação, foram encontrados trabalhadores em diferentes locais, como nas lavouras em que atuavam e nos alojamentos.

Entre as irregularidades encontradas pela fiscalização estavam a cobrança pelos aluguéis dos barracos usados como alojamentos, o não fornecimento de alimentação e cobrança pelo fornecimento de ferramentas de trabalho pelos empregadores.

Os abrigos não tinham cozinha, ventilação ou chuveiros e alguns funcionários pagavam pelos próprios colchões ou dormiam em redes e no chão.

Para denunciar casos de trabalho análogo à escravidão, basta ligar no disque 100 ou acessar o site do MTE e clicar no botão “realizar denúncia”.

O denunciante pode também comparecer a uma das unidades do Ministério Público do Trabalho ou às Superintendências Regionais do Trabalho.

 

*Com informações G1 Goiás

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