Hospital Garavelo pode se tornar maternidade pública
Hospital particular pode ser comprado pela gestão municipal; entenda
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia está considerando adquirir uma unidade de saúde privada para abrigar uma maternidade pública. Uma empresa foi contratada para avaliar o Hospital Garavelo, localizado no Setor Garavelo Residencial Park, e o resultado será divulgado em cerca de 30 dias. A decisão de efetuar a compra dependerá da avaliação do valor total da estrutura de saúde.
O anúncio foi feito durante um evento realizado nesta quarta-feira (17), chamado CBN Talk. O evento tratou do aniversário de 101 anos de Aparecida de Goiânia e abordou diversos temas, como empreendedorismo, desenvolvimento econômico, infraestrutura, saneamento, transporte, saúde pública, educação e cultura.
Em entrevista para o Jornal O Popular, o secretário municipal de saúde, Alessandro Magalhães, disse que pode buscar recursos federais para a aquisição.
‘’Dependendo do preço, nós vamos sentar com o Secretário da Fazenda e o prefeito para definir se temos recurso ou se vamos buscar recursos federais ou uma parceria entre estado, município e governo federal’’, afirmou. Caso a aquisição não seja viável, a opção seria o arrendamento do local.
Ainda de acordo com O Popular, o diretor-técnico do Hospital Garavelo, Fernando Araújo, disse que há interesse da unidade em levar adiante as tratativas: ‘’Penso que para a população seria interessante a oferta de um equipamento tanto a parte predial e também serviços’’, afirmou Araújo.
Procurada pelo Jornal Diário de Aparecida, a Secretaria de Saúde de Aparecida, disse que ‘’conforme publicado no Diário Oficial, em janeiro deste ano, contratou uma empresa especializada no serviço de avaliação de imóvel para análise da estrutura do Hospital Garavelo. A unidade já presta serviços de obstetrícia à saúde pública e pode funcionar como Maternidade referência da cidade, a depender da avaliação e planejamento da pasta”.
Já a Assessoria da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, informou que este processo está apenas em fase inicial. ‘’Ainda estamos em negociação para este ato. Quando for acontecer, divulgaremos amplamente’’, informou em nota.
Sobre o Hospital
O Hospital Garavelo, que atualmente atende principalmente convênios e o SUS, possui uma estrutura com 130 leitos, incluindo 40 leitos de UTI. O prédio ocupa aproximadamente 4.700 m² em um terreno de 8.500 m². A maternidade pública da cidade, chamada Maternidade Marlene Teixeira, oferece serviços de urgência obstétrica para gestantes de baixo risco, enquanto os casos mais graves são encaminhados para outras unidades do SUS.
A Maternidade Marlene Teixeira possui 23 leitos, além de berçário, sala pré-parto e centro cirúrgico. No entanto, não possui leitos de UTI neonatal. Essa necessidade é suprida pelo Hospital Garavelo, que conta com 20 vagas para esse tipo de atendimento. Vale ressaltar que a disponibilidade de UTI neonatal é um problema em todo o país.
De acordo com dados do Localiza SUS, plataforma do Ministério da Saúde, Aparecida de Goiânia possui 72 leitos obstétricos e 52 leitos pediátricos pelo SUS. O número de nascimentos na cidade, no período de 2012 a 2021, foi de 36.807. A cidade enfrenta desafios na melhoria da infraestrutura de saúde, como a reforma inacabada do Hospital Nova Era, que está prevista para ser retomada no próximo mês com uma nova empreiteira.
Reforma
Além disso, está em andamento a construção do novo Cais Colina Azul, que tem previsão para assinatura da ordem de serviço em junho. Essas melhorias são essenciais para atender a demanda de cirurgias eletivas, que atualmente possui uma fila de mais de 6.000 procedimentos em Aparecida de Goiânia.
O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia é indicado pela Secretaria de Saúde de Goiás para realizar 71 tipos de procedimentos, de acordo com o plano estadual de redução de filas.
Diante das necessidades orçamentárias, o secretário de saúde e o prefeito de Aparecida de Goiânia viajaram a Brasília com o objetivo de captar recursos para subsidiar as demandas locais, já que o valor atualmente disponível não atende às necessidades. A cidade investe 33% do orçamento em saúde.
Leia a versão impressa do Diário de Aparecida desta quinta-feira (18)