Pratos típicos e festas goianas são preservados por Lei

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás tem sancionado leis que transformam festas e pratos típicos da cultura goiana em patrimônio cultural imaterial. Desta maneira, se torna uma obrigação do estado e dos municípios preservar e difundir esse patrimônio regional.

A ação é encabeçada pelo Coronel Adailton (Solidariedade), presidente  da  Comissão de Turismo da Alego, que  afirmou ao Diário de Aparecida que seu grande objetivo é resgatar, valorizar e preservar todas as manifestações culturais do estado para que os municípios possam expandir a área de atuação do turismo goiano.

“Nossa culinária, sem dúvida, é um dos pontos fortes de nossa cultura, de nossa história e de nossas raízes. Isso precisa ser valorizado e preservado para que as próximas gerações tenham acesso a esse conhecimento e possam entender o quanto eles foram importantes para a história goiana”, disse ao explicar que é por este motivo que tem trabalhado com a apresentação de Projetos de Lei que transformem os pratos em Patrimônio  Cultural e Imaterial.

O deputado destacou   também que a valorização da culinária regional abre oportunidade para geração de emprego e renda, ligados à produção desses produtos tradicionais. “É uma maneira de preservar a tradição e estimular a economia, uma vez que, após o prato se tornar Patrimônio Cultural e Imaterial de Goiás, podemos desenvolver cursos e qualificações para que as receitas não se percam no tempo e para que mais pessoas possam fabricar o prato tradicional e conquistar uma nova forma de ganhar dinheiro”, explicou o Coronel Adailton.

O presidente da Comissão de Turismo da Alego destacou ainda que com a concessão do título de Patrimônio Imaterial e Cultural, o estado não corre o risco de outro estado ou país registrar o produto e dizer que ele é tradicional de outra região. Como exemplo, ele usou o pequi. “Vocês devem se lembrar que há alguns anos um deputado mineiro queria reconhecer o pequi com patrimônio mineiro. Justo o pequi que é muito goiano, que o mundo conhece o pequi como fruto de Goiás.  Não queremos mais isso.  Queremos valorizar e preservar o que é nosso e não permitir que nossa história gastronômica e cultural se perca no tempo.