Uma mulher de 40 anos foi presa em Aragoiânia, na Região Metropolitana de Goiânia, por suspeita de racismo, na segunda-feira (22). Ela é acusada de chamar os familiares do ex-namorado de macacos e dizer que viviam em senzalas. A vítima, de 27 anos, denunciou o caso à polícia, apresentando mensagens e áudios com ofensas racistas enviadas pela ex-namorada.
O nome da mulher não foi divulgado. O caso está sob investigação do delegado André Veloso, da Delegacia de Aragoiânia. O casal namorou por um ano e, após o fim do relacionamento, a mulher enviou mensagens para devolver seus pertences.
Durante a conversa, ocorrida no domingo (21), a mulher expressou seu desgosto pelos familiares do ex-namorado, chamando-os de macacos e referindo-se à família como uma senzala. Ela afirmou ainda que queria distância deles por medo de se contagiar. A suspeita foi localizada e presa em seu local de trabalho.
De acordo com o delegado Veloso, a mulher confessou o crime e alegou estar chateada com o término do relacionamento. Ela afirmou que sua intenção não era ofender a família, mas magoar o ex-namorado, sabendo que essas expressões o atingiram.
Além da vítima, uma tia e a mãe também receberam mensagens racistas, que foram apagadas pela suspeita. No entanto, foram obtidas capturas de tela que comprovam o teor das mensagens. A mulher foi presa em flagrante e responderá pelo crime de racismo.
Ela foi encaminhada à Casa de Prisão Provisória (CPP) em Aparecida de Goiânia. O racismo é crime punível com pena de até cinco anos. A juíza responsável pela audiência de custódia decidirá sobre a liberdade da suspeita, além do prazo para a conclusão do inquérito, que pode ser de 10 ou 30 dias.
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