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Pai que matou duas filhas e ateou fogo nos corpos para se vingar da mãe foi preso

Em entrevista coletiva, comandante da Guarda Civil deu detalhes sobre a prisão do homem

Na tarde desta terça-feira (23), a polícia anunciou a prisão de Ramon Souza Pereira, de 30 anos, motorista de aplicativo acusado de matar suas duas filhas, de 4 e 8 anos, carbonizadas em Santo Antônio de Goiás. O crime chocou a cidade e mobilizou as forças policiais em uma intensa busca pelo suspeito desde a tarde de ontem.

Momento da prisão de Ramon (foto: divulgação)

Após uma ação conjunta da Guarda Civil Municipal (GCM), Ramon foi localizado e detido no final da tarde de hoje. Ele foi levado à Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), onde permanece sob custódia policial.

De acordo com informações da Polícia Civil, o crime teria sido motivado por ciúmes e desconfianças de infidelidade. Ramon teria colocado um rastreador no veículo da mãe das crianças, sem que ela soubesse. Suspeitando de traição, ele seguiu a esposa e flagrou uma cena que o enfureceu dentro do automóvel.

Revoltado, o motorista de aplicativo teria agredido a mulher e, em seguida, utilizado o veículo para ir até a escola e a creche onde suas filhas estudavam, localizadas no Jardim Curitiba, em Goiânia. Após buscar as crianças, Ramon começou a enviar mensagens ameaçadoras para a mãe das garotas, informando que ela não voltaria a vê-las. Áudios com ameaças também foram enviados para alguns familiares.

O veículo utilizado para a fuga foi encontrado queimado em uma mata na cidade de Santo Antônio de Goiás, juntamente com os corpos das duas crianças. Além disso, a Polícia Civil também localizou um tênis com marcas de sangue, que pode ser uma peça-chave para a investigação.

As autoridades policiais receberam informações sobre o paradeiro do suspeito quando um dos agentes, que residia próximo ao local onde ele foi encontrado, acionou as equipes. Uso de drones e cães farejadores também ajudou na localização do suspeito.

Um cerco foi montado com a participação de cerca de 70 homens das forças de segurança, e o suspeito foi localizado em uma área de difícil acesso, próxima a uma mata, onde se encontrava dentro de um lago.

Em entrevista coletiva para a imprensa no fim da tarde desta terça, o Comandante da Guarda Civil, Wellington Paranhos destacou os detalhes da prisão: “Ele estava dentro da água. Houve a necessidade dos nossos agentes adentrarem o lago para fazer a retirada do veículo. Mas ele não resistiu. Ao ver a quantidade de agentes presentes, ele percebeu que seria impossível escapar. Houve uma grande cooperação entre as delegacias de homicídios, a Polícia Militar e a Guarda de Goiânia para localizá-lo e detê-lo. Agora ele será interrogado pelos responsáveis da delegacia de homicídios, onde fornecerá mais detalhes’’, explicou Paranhos.

Já o delegado à frente do caso, Marcos Cardoso, relatou que o suspeito também foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) por conta da gravidade de um ferimento que Ramon causou a si mesmo ao tentar contra a própria vida.

O motorista de aplicativo será interrogado pelos delegados responsáveis da DIH, onde serão buscados mais detalhes sobre o crime e suas motivações.

Comandante da GCM, Welligton Paranhos (foto: divulgação)

 

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