Herdeiro de império goiano irá comandar a maior produtora de carne do mundo
Wesley Batista Filho é o próximo na linha de sucessão para assumir o cargo de CEO global da empresa
Após um intervalo de cinco anos sem um membro da família fundadora no comando, a JBS, maior produtora de carne do mundo, está se preparando para a sucessão. Fontes próximas à família Batista e às operações da JBS revelaram à Bloomberg News que Wesley Batista Filho, de 31 anos, é o próximo na linha de sucessão para assumir o cargo de CEO global da empresa.
Wesley Filho recentemente assumiu o cargo de diretor-presidente da JBS USA, uma importante unidade da empresa nos Estados Unidos. Ele eventualmente substituirá Gilberto Tomazoni, de 64 anos, como CEO global. Tomazoni se tornou o primeiro CEO da empresa que não faz parte da família fundadora após um escândalo de corrupção envolvendo alguns membros da família em 2018.
Embora não tenha havido um anúncio oficial sobre o plano de sucessão, fontes afirmam que Wesley Filho é o próximo na fila para assumir a posição. Quando assumir o cargo, ele enfrentará desafios significativos, pois a empresa busca crescer em novas áreas, como o cultivo de salmão e alimentos à base de plantas, além de lidar com questões de governança, mão-de-obra e meio ambiente.
A JBS também precisa estabilizar seu negócio de carnes, que enfrenta custos recordes de gado nos EUA e preços elevados de ração animal, assim como seus concorrentes. Além disso, espera-se que a tão aguardada abertura de capital nos EUA esteja próxima.
Wesley Filho começou sua carreira na JBS aos 19 anos, trabalhando no turno da noite em um abatedouro de bovinos no estado americano do Colorado. No ano passado, ele foi nomeado presidente de operações globais e, a partir de 1º de maio, passou a administrar a JBS USA. Sua experiência e conhecimento da indústria são considerados valiosos para endireitar as operações da JBS USA.
Com a JBS avaliada em cerca de R$ 36 bilhões (US$ 7,3 bilhões), a participação de Wesley e Joesley Batista é avaliada em pouco mais de US$ 3 bilhões. Ao adicionar outros negócios da holding, que também inclui uma das maiores produtoras de celulose do mundo, um banco e empresas nos setores de serviços públicos, mineração, cosméticos e mídia, a fortuna dos Batista vale cerca de US$ 5 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.
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