Homem-Aranha: Através do Aranhaverso consolida a jornada de Miles Morales
Um filme visualmente deslumbrante que expande a mitologia do Homem-Aranha e reinventa a animação
“Através do Aranhaverso”, marca o segundo capítulo da trilogia e consolida a jornada pessoal de Miles Morales, o protagonista. Após cinco anos desde a estreia do primeiro filme, Miles retorna mais maduro e confiante, porém a rotina de vigilante cobra seu preço, envolvendo concessões, lutos e sacrifícios, algo comum no universo do Homem-Aranha.
O longa começa apresentando a história de Gwen Stacy em seu próprio universo, evidenciando que as provações fazem parte da trajetória de qualquer Aranha. A trama também introduz Miguel O’Hara e Jessica Drew, responsáveis por zelar pela integridade do multiverso como membros da Sociedade Aranha. Essa integridade é ameaçada quando a história retorna ao Brooklyn da realidade 1610 e revela que o vilão enfrentado por Miles pode representar uma ameaça para todo o multiverso.
“Através do Aranhaverso” equilibra a história de Miles com a de Gwen e outros personagens, promovendo uma expansão clássica da mitologia esperada nos segundos filmes de trilogia. No entanto, a trama não se torna uma continuação inchada, mas sim uma história que reforça uma das mensagens originais dos quadrinhos: qualquer pessoa, desde que tenha o infortúnio de ser picada por uma aranha radioativa, pode se tornar o “amigão da vizinhança” com propósito, valores e força de vontade. Mesmo com a presença de diversos Aranhas distintos, cada um com suas particularidades visuais, o filme os harmoniza em uma narrativa coesa. O inchaço da continuação se justifica dentro da trama e do arco dramático de Miles.
Para lidar com a quantidade de personagens em tela, o filme se torna um marco na animação, desafiando-se a oferecer uma experiência visual inovadora. As várias versões do Homem-Aranha recebem texturas e cores alinhadas aos quadrinhos, com traços que remetem a desenhistas específicos, proporcionando easter eggs para os fãs mais atentos. Cada universo também apresenta suas especificidades nos cenários, transformando o filme em um objeto em constante mutação. A adaptação a essa modulação durante as 2 horas e 16 minutos de duração exige o engajamento do espectador, e os momentos de calmaria proporcionam descanso visual, enquanto reforçam os laços familiares que são a base das narrativas dos Aranhas.
E, como sempre, com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. A inclusão de tantos personagens-aranha na trama exige um olhar especial para a diversidade, e o filme incorpora essa necessidade de forma natural, ao mesmo tempo em que faz comentários engraçados sobre o assunto. “Através do Aranhaverso” se torna um marco na representatividade da cultura pop, não apenas por expandir massivamente e de forma eclética o elenco em relação ao primeiro filme, mas também por demonstrar consciência desse gesto, indo além das simples sinalizações de virtude.
Assim como seu antecessor, o filme acerta ao expandir seu universo ao limite e apresentar uma história pé no chão, mesmo em meio à desordem característica das narrativas multiversais. “Através do Aranhaverso” é uma obra de arte visual do início ao fim, transportando Miles Morales para uma prova que questiona a própria natureza repetitiva das jornadas de sacrifício dos super-heróis. Ao mesmo tempo, o filme vai além de ser apenas a história de um adolescente porto-riquenho do Brooklyn, exaltando todo o legado do personagem nos quadrinhos e nas telas.
Com uma trama emocionante e repleta de ação, “Através do Aranhaverso” honra a essência do Homem-Aranha ao destacar a importância de valores como responsabilidade, coragem e determinação. Ao trazer diferentes versões do herói em um mosaico colorido de estímulos visuais, o filme cativa os espectadores e os envolve em uma jornada emocionalmente impactante.
Em suma, “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” é uma continuação que consolida a jornada de Miles Morales como Homem-Aranha e expande de forma habilidosa a mitologia do personagem. Com sua abordagem visualmente deslumbrante e narrativa envolvente, o filme é um marco não apenas na representatividade, mas também na forma como reinventa as possibilidades da animação e mantém a essência do herói aracnídeo vivo e vibrante.
Entenda a importância do Homem Aranha para o Universo MCU
O Homem-Aranha, um dos super-heróis mais amados e reconhecíveis da Marvel Comics, teve sua entrada triunfal no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) em 2016, com sua participação especial em “Capitão América: Guerra Civil”. Desde então, o personagem tem sido uma parte essencial da narrativa em constante evolução do MCU, com uma trilogia solo e aparições em outros filmes do universo compartilhado.
Tom Holland é o ator que interpreta o papel de Peter Parker, o jovem estudante do ensino médio que se torna o amigão da vizinhança, o Homem-Aranha. A introdução do personagem no MCU foi um momento emocionante para os fãs de quadrinhos, que há muito esperavam ver o herói icônico interagindo com outros personagens populares da Marvel. A escolha de Holland para o papel foi amplamente elogiada por sua habilidade de capturar a essência de Peter Parker como um adolescente desajeitado, mas com um coração cheio de bondade e responsabilidade.
A trilogia do Homem-Aranha no MCU, composta por “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” (2017), “Homem-Aranha: Longe de Casa” (2019) e “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” (2021), acompanha a jornada de Peter Parker enquanto ele lida com os desafios de ser um super-herói e equilibrar sua vida pessoal. Os filmes combinam ação emocionante, comédia leve e elementos de drama adolescente para criar uma experiência cativante.
Um dos pontos altos do Homem-Aranha no MCU é a interação com outros personagens já estabelecidos no universo cinematográfico. Desde sua estreia em “Guerra Civil”, o personagem compartilhou momentos memoráveis com heróis como Homem de Ferro, Capitão América, Doutor Estranho e outros. Esses encontros trouxeram uma dinâmica única para o Homem-Aranha, já que ele é frequentemente colocado ao lado de heróis mais experientes, permitindo um desenvolvimento interessante do personagem e criando oportunidades para cenas de ação empolgantes.
Além disso, o Homem-Aranha no MCU tem uma conexão próxima com o Universo Marvel em geral. A trama de “Longe de Casa” explorou as consequências dos eventos de “Vingadores: Ultimato” e a ausência de Tony Stark, o Homem de Ferro, na vida de Peter Parker. Isso adicionou uma camada emocional à história do personagem e mostrou sua jornada de crescimento e amadurecimento.
Outro aspecto notável é a representação dos vilões do Homem-Aranha no MCU. A trilogia apresentou antagonistas marcantes, como o Abutre, interpretado por Michael Keaton em “De Volta ao Lar”, e o Mysterio, interpretado por Jake Gyllenhaal em “Longe de Casa”. Esses vilões foram retratados de forma complexa, com motivações convincentes, o que contribuiu para o sucesso dos filmes
Leia a nossa edição impressa. Para receber as notícias do Diário de Aparecida em primeira mão entre em um dos dos nossos grupos de WhatsApp