Feira de vinil no Martim Cererê alimenta saudosistas
A Vinilândia mostra que os bolachões seguem em alta no mercado mesmo no tempo do streaming
É caro, mas manter como hobby ter discos de vinil vale o esforço de quem gosta de música com sonoridade de excelência. O fato é que vivemos em uma era dominada pelo streaming de música, mas onde “dinossáuricos” vinis resistem e ainda conquistam novos amantes da música de qualidade.
As recentes estatísticas de vendas e consumo de LPs revelam que o mercado mundial de vinil está cada vez mais forte e aquecido. A nostalgia e a satisfação de manusear e apreciar a capa de um álbum, bem como a experiência de trocar de lado o disco, têm levado muitas pessoas a consumirem música em formato físico novamente, ou até mesmo pela primeira vez.
Um relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação divulgado em março de 2023 revelou que, somente no ano passado, foram vendidos mais de 41 milhões de discos de vinil, superando os 33 milhões de CDs. Isso representa um lucro de mais de R$ 6 milhões para o setor.
Pela primeira vez, desde 1987, as vendas de discos de vinil ultrapassaram as de CDs. Para os fãs, esse aumento nas vendas reflete a valorização da experiência sonora e estética proporcionada pelo formato.
O problema é que tem LP´s que custam até mais que R$ 3 mil – os que estão bem conservados, são clássicos, ou raridades com poucos exemplares, como o Paêbiru de Lula Cortês e Zé Ramalho, de 1975, que passava de R$ 10 mil, ou Let me Sing my Rock’n’Roll de Raul Seixas, de 1985, inspirado em Elvis Presley, que variava entre R$ 2,700 a R$ 3.300, isso em 2017, como registrou reportagem do Uol, mostrando que as pessoas podiam ter em casa vinis que valiam o preço de um carro na época, sem saber disso.
Desta forma, opções de compra mais fáceis, baratas, ou envolvendo até troca, sempre mantém ligadas as vitrolas de quem é fã de colecionar vinis, ou apenas de curtir o som magistral que eles guardam.
Hoje tem uma Feira de Vinil de Goiânia. Ela acontece no Centro Cultural Martim Cererê em Goiânia. 4ª edição da Vinillândia – Feira Nacional de Discos de Vinil. O evento foi organizado para abrigar dez vendedores de LPs de Goiânia e Brasília, oferecendo uma variedade de discos novos e usados, tanto nacionais quanto importados, incluindo raridades e lançamentos.
Além disso, a programação também foi pensada para agregar, com DJs tocando exclusivamente com vinil, além de banquinhas de artigos pop, food trucks e bares. E com entrada gratuita a partir das 15 horas.
A Vinillândia se estabeleceu como a maior feira de vinis de Goiânia desde sua primeira edição em dezembro de 2021. Nesta edição, lojistas de discos renomados como Monstro Discos, Fadiga Discos, Dhaher, Bacural, Astoria Discos, Lado A, Discos e Afins, Johnny Records, Vitologi e a editora MMarte se reuniram para ofertas especiais e uma ampla variedade de títulos para os amantes dos LPs.
Os DJs que usam os tradicionais bolachões em suas performances, como Leandro, Maurício Mota, Bacural, Pri Loyola e Giras programaram sets abrangendo diversos gêneros musicais, desde MPB até rock, passando por punk, black music, pop e heavy metal.
SERVIÇO
Vinillândia – Feira Nacional de Discos de Vinil
Data: Feira de Vinil em Goiânia acontece no sábado, 3 de junho, a partir das 15 horas
Local: Centro Cultural Martim Cererê (Rua 94-A, Setor Sul)
Entrada Gratuita
Programação musical:
15 horas – DJ Leandro
17 horas – DJ Maurício Mota
19 horas – DJ Bacural
21 horas – DJ Pri Loyola
23 horas – DJ Giras
Matéria desenvolvida por Sergio Bartolomeu, Estagiário sob supervisão da jornalista Marília Assunção
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