Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente do Grupo Madero, Luiz Renato Durski Junior, conhecido como chef Junior Durski, expressou arrependimento por suas declarações no início da pandemia de Covid-19, quando minimizou seus efeitos.
Durski admitiu ter criticado a quarentena e afirmou que o país não deveria parar por causa de “cinco ou sete mil mortes”. No entanto, dados recentes mostram que o município de Ponta Grossa registrou 1.628 mortes confirmadas pela infecção, enquanto o estado do Paraná contabiliza 46.104 óbitos, o que contrapõe fortemente a estimativa feita por Durski.
Além disso, o empresário paranaense também revelou arrependimento por ter apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi derrotado na tentativa de reeleição. Durski relembrou conselhos de seu avô, que afirmava que quem abria um comércio não deveria tomar partido político. Essas declarações azedaram a relação entre Durski e seu então sócio, Luciano Huck, levando ao fim da sociedade após três anos.
Dívida milionária
A situação financeira do Grupo Madero também foi mencionada, revelando uma dívida bruta próxima de R$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2022. O prejuízo acumulado chega a R$ 700 milhões, deixando uma reserva de apenas R$ 40 milhões. O plano de expansão da empresa gerou preocupações no mercado. Durski negou que suas declarações tenham afetado o empreendimento, mas afirmou que não repetiria tais comentários.
Apesar dos desafios enfrentados, Durski demonstrou otimismo com a possibilidade de abertura do mercado, impulsionada pela atual política econômica. Ele acredita que o mercado de capitais eventualmente irá se abrir, mas até lá, o Grupo Madero seguirá trabalhando para pagar suas dívidas no fluxo de caixa.
A entrevista do empresário gerou repercussão nas redes sociais, tornando “Madero” um dos assuntos mais comentados no Twitter neste domingo (4).
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