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UFG: 30% da água consumida por comunidades rurais de Goiás está contaminada

UFG avaliou fontes em 23 comunidades rurais goianas. Contaminação fecal foi encontrada em 30% das amostras pesquisadas

Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) revela que cerca de 30% da água consumida por comunidades rurais em Goiás está contaminada. O estudo, conduzido pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG, avaliou fontes individuais e coletivas de água em 23 comunidades rurais e tradicionais. A contaminação fecal foi constatada nas amostras, com a presença de 30% de vírus relacionados a doenças gastrointestinais e diarreias, sendo 20% de rotavírus, 9,4% de adenovírus humano e 4,4% de enterovírus.

As fontes de água analisadas incluíam poços tubulares rasos e profundos, poços escavados, nascentes, mananciais superficiais, água da chuva armazenada em cisternas e caminhão pipa. Surpreendentemente, a contaminação foi encontrada principalmente em fontes subterrâneas, como poços tubulares. Essa descoberta contrariou a expectativa de que as fontes superficiais apresentariam maior contaminação.

As cisternas também foram identificadas como fontes de contaminação, tanto neste estudo quanto em pesquisas anteriores. O Projeto SanRural, financiado pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), visa abordar as comunidades rurais mais vulneráveis. Apesar de a coleta de amostras ter sido reduzida devido à pandemia, os pesquisadores pretendem retornar às comunidades não analisadas para preencher as lacunas.

A pesquisa ressalta a importância de continuar monitorando e expandindo o estudo nessas comunidades, além de implementar melhorias na qualidade de vida e no acesso à água potável. A vulnerabilidade sanitária ainda é uma realidade para muitas comunidades rurais, que enfrentam desafios relacionados ao saneamento básico e à falta de políticas públicas adequadas.

 

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