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MP visita Acampamento Dom Tomás Balduíno para averiguar denúncia de cerco paramilitar

Cerco paramilitar estaria impedindo a livre movimentação, o acesso à água e o cadastramento das famílias junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Integrantes do Ministério Público de Goiás (MP-GO) realizaram uma visita ao Acampamento Dom Tomás Balduíno, localizado na zona rural de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, na terça-feira (27). A visita teve como objetivo investigar denúncias feitas pelos moradores do acampamento sobre um cerco paramilitar que está impedindo a livre movimentação, o acesso à água e o cadastramento das famílias junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Durante a visita, a promotora de Justiça Andrea Beatriz Rodrigues de Barcelos se reuniu com representantes do Ministério Público Federal, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Comissão Pastoral da Terra e as polícias Militar e Federal. Foram ouvidos relatos dos moradores sobre violações de direitos, como obstrução de acesso a fontes de água, ameaças e bloqueio de estradas.

A representante do MP afirmou que irá atuar junto ao município de Formosa para garantir o acesso regular à água potável para as famílias, pelo menos para consumo humano e necessidades básicas.

O Acampamento Dom Tomás Balduíno abriga aproximadamente 250 famílias há cerca de 8 anos. Essas famílias cultivam a terra e, segundo o Ministério Público, residem de forma legítima, legal e produtiva. No entanto, os moradores relatam que desde o fim da semana passada, funcionários da fazenda acompanhados de homens fortemente armados têm ameaçado as famílias das áreas 1 e 3. Essas famílias estão tentando se dirigir à área 2, onde o Incra está realizando o recadastramento das famílias no sistema de beneficiários.

 

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