Os policiais militares Cláudio Henrique da Silva, Paulo Antônio de Souza Júnior e Rogério Rangel Araújo Silva foram condenados pelo júri popular pelo homicídio do adolescente Roberto Campos da Silva, conhecido como Robertinho, de 16 anos. O julgamento, que ocorreu após dois adiamentos, encerrou nesta terça-feira (27) em Goiás. Os policiais foram condenados por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e fraude processual.
O caso remonta a 2017, quando os policiais invadiram a casa da família de Robertinho em Aparecida de Goiânia. Durante a ação, o adolescente foi morto e seu pai, Roberto Lourenço da Silva, ficou ferido. As penas aplicadas aos policiais foram distintas. Paulo Antônio de Souza Júnior recebeu uma sentença de 21 anos e 4 meses de reclusão, além de 8 meses de detenção, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado. Rogério Rangel Araújo Silva e Cláudio Henrique da Silva foram condenados a 10 anos de reclusão, 8 meses de detenção e 60 dias-multa, também em regime inicialmente fechado.
O pai de Robertinho, Roberto Lourenço, depôs no julgamento e expressou a dor contínua pela perda do filho. Ele descreveu a dinâmica do crime, afirmando que o adolescente foi morto ao tentar defendê-lo dos policiais. A mãe de Robertinho, Sheila Campos, se mostrou ansiosa pelo julgamento, expressando tristeza e ressaltando que seu filho nunca voltará.
O Ministério Público de Goiás denunciou os policiais por invadir a residência sem mandado judicial e sem elementos que justificassem tal ação. Os policiais alegaram estar investigando posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas, mas não tinham informações precisas sobre a família. Durante a invasão, os policiais dispararam contra a casa, resultando na morte de Robertinho e nos ferimentos do pai. O MPGO argumentou que os policiais assumiram o risco de matar pessoas inocentes ao efetuarem os disparos.
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