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Ginecologista preso por abusar de pacientes teria estuprado familiar de 14 anos, afirma Polícia Civil

O médico teria mantido a adolescente em consulta por cerca de 3 horas. Ela denunciou o caso a familiares, que não acreditaram na vítima

Segundo a Polícia Civil, o ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, preso por suspeita de cometer crimes sexuais contra ao menos 16 vítimas, também teria violentado uma adolescente de 14 anos em 1992.

De acordo com relato da delegada Amanda Menuci ao O Popular, o crime ocorreu em 1992 e a vítima é uma familiar da esposa do médico. Ele manteve a paciente em consulta por cerca de 3 horas.

A defesa do ginecologista afirmou que o caso foi apurado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás e também pelo Conselho Federal de Medicina. 

“Nestas duas instâncias as representações formuladas contra o Dr. Fábio Guilherme foram julgados improcedentes, ou seja, ele foi absolvido destas acusações nas instâncias ético-disciplinares. De toda forma, estes fatos não compõem o objeto das atuais investigações e não estão em questão”, diz o comunicado.

Ainda segundo a delegada, a adolescente contou o que aconteceu a todos os familiares, que não acreditaram na vítima e qualificaram a história como uma “fantasia adolescente”. 

O médico foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável na sexta-feira (28). A Polícia Civil representou pela cassação do registro do médico perante ao Conselho Regional de Medicina (CRM). Também foi solicitado o sequestro de bens a fim de garantir a reparação cível das vítimas. 

Caso

Fábio Guilherme foi preso no dia 20 de julho após repercussão de suposta agressão contra uma grávida de oito meses, durante uma consulta pré-natal. No final de junho viralizou um vídeo de um marido agredindo o médico após o acusar de abusar de sua esposa no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) do Novo Horizonte, em Goiânia. 

Veja a nota da defesa do ginecologista na íntegra: 

“Em relação aos fatos supostamente ocorridos em 1994, eles foram apurados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás e também pelo Conselho Federal de Medicina. Nestas duas instâncias as representações formuladas contra o Dr. Fábio Guilherme foram julgados improcedentes, ou seja, ele foi absolvido destas acusações nas instâncias ético-disciplinares. De toda forma, estes fatos não compõem o objeto das atuais investigações e não estão em questão. Quanto à imputação atual, a defesa acredita na absoluta inocência do investigado e – de sua perspectiva – não existem elementos de provas indicativas de responsabilidade criminal. Cabe lembrar que elementos colhidos em sede policial não são submetidos ao contraditório e à ampla defesa e, por essa razão, não podem ser tomados para afirmar-se a responsabilidade criminal do investigado. Por fim, vale aludir que o Dr. Fábio Guilherme é profissional com décadas de experiência, sério e respeitado pelos bons serviços prestados em sua área de atuação.”

Matheus Moreira Borges e Rodrigo Lustosa Advogados

 

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