A Polícia Civil (PC) de Goiás realizou uma operação na quinta-feira (10) para cumprir mandados de busca e apreensão em uma clínica de estética em Goiânia. O objetivo da ação é investigar uma enfermeira chamada Marcilane Da Silva Espindola, acusada de causar deformações no rosto de pacientes após procedimentos estéticos. Segundo a polícia, pelo menos sete vítimas estão envolvidas no caso.
A defesa da enfermeira afirma que as vítimas não tiveram problemas com a aplicação dos procedimentos estéticos, mas sim com infecções pós-procedimento. O advogado assegura que sempre colaboraram com a Justiça e que todas as infecções foram resultado de descuidos no pós-operatório, como não seguir as orientações da profissional.
A Operação Salus, realizada em cooperação com a Polícia Técnico Científica e a Vigilância Sanitária, busca também o bloqueio de bens da enfermeira no valor de R$ 500 mil.
Este caso se assemelha a outro ocorrido no mês anterior, no qual três vítimas relataram deformações após procedimentos envolvendo ácido hialurônico. Os sintomas incluíam inchaço, dor fora das áreas tratadas, paralisia facial e perda temporária de visão. A enfermeira alvo da Operação Salus também é acusada nesses casos anteriores.
Segundo a PC, as vítimas relataram um padrão de comportamento da profissional: efeitos colaterais ocorriam em áreas não relacionadas ao procedimento e a enfermeira não fornecia assistência adequada, argumentando que os sintomas eram normais. Uma das vítimas reportou ter ficado com um calombo na testa, inchaço e visão embaçada por mais de trinta dias após o procedimento. A enfermeira respondeu com um emoji de “joinha”.
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