Empresas de cimento em Aparecida são autuadas por poluição do ar
Segundo a Polícia Civil, as vítimas são cerca de 300 moradores de um condomínio próximo que sofreram doenças respiratórias devido à poluição do ar com resíduos de cimento, além da exposição constante à poeira
A Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, conduziu uma investigação concernente a empresas localizadas em Aparecida de Goiânia, em relação a supostos delitos ambientais. A alegação central é que a atividade dessas empresas esteja contribuindo para uma situação de poluição atmosférica na área, uma preocupação que não é isolada, dado o contexto mais amplo da poluição atmosférica em Goiás.
A investigação realizada pelos agentes da Dema identificou empresas de cimento localizadas nos setores Chácara São Pedro e Sítios Santa Luzia, na região de Aparecida de Goiânia, como possíveis fontes de poluição do ar na área urbana.
Dados relacionados à poluição atmosférica em Goiás apontam para uma questão complexa e abrangente. Segundo informações de fontes ligadas à Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás, a poluição do ar tem sido uma questão de atenção crescente em várias regiões do estado. Os índices de poluentes como dióxido de enxofre (SO2), material particulado (PM2.5 e PM10) e óxidos de nitrogênio (NOx) frequentemente atingem níveis que podem ter implicações diretas na qualidade do ar e, consequentemente, na saúde pública.
Apenas em Aparecida de Goiânia, a Dema focalizou seus esforços de investigação em 11 empresas no total. Dentro desse conjunto, duas empresas foram identificadas e autuadas com base no artigo 54, §1º, da Lei 9.605/1998, que trata especificamente da poluição atmosférica. O procedimento decorrente dessas constatações foi formalmente submetido ao Poder Judiciário.
De acordo com a Polícia Civil, aproximadamente 300 moradores de um condomínio próximo têm enfrentado problemas de saúde respiratória em decorrência da qualidade do ar comprometida pela presença de partículas de cimento em suspensão, bem como pela exposição contínua à poeira.
No entanto, os nomes das empresas envolvidas não foram divulgados pela polícia até o momento.
A condução deste caso, incluindo a apresentação das conclusões da investigação ao Poder Judiciário, indica um esforço contínuo para abordar as alegações de poluição atmosférica e as potenciais consequências à saúde e ao bem-estar da comunidade afetada. Isso ocorre em um contexto mais amplo de preocupações sobre a qualidade do ar em várias regiões de Goiás, onde os índices de poluentes têm gerado discussões em relação aos impactos ambientais e de saúde pública.
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