A pastora que estava sob investigação por manter clínicas clandestinas, onde pacientes foram encontrados com graves ferimentos, foi liberada do presídio em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, na quinta-feira (21), de acordo com informações da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP).
A Justiça de Goiás concedeu a Suelen Amaral Klaus o direito de cumprir prisão domiciliar, e ela agora usará uma tornozeleira eletrônica como parte das condições.
Essa decisão foi proferida pela juíza Lígia Nunes de Paula e é aplicável à pastora, que estava envolvida no caso das clínicas clandestinas. Contudo, seu marido, Angelo Mário Klaus, e outras quatro pessoas permanecem detidas e enfrentam acusações de tortura, sequestro e cárcere privado.
As investigações conduzidas pela polícia revelaram que os pacientes envolvidos tinham idades variadas, entre 14 e 96 anos. Além disso, muitos deles possuíam deficiências e eram dependentes químicos, e estavam internados contra a própria vontade.
As condições a que essas vítimas eram submetidas eram terríveis, com espaços pequenos e insalubres, privação de liberdade e diversos tipos de abuso físico e psicológico. Familiares pagavam mensalidades substanciais, variando de um salário a até R$ 2,5 mil.
Essas clínicas operavam ilegalmente, sem as devidas licenças e alvarás. Segundo depoimentos das vítimas, Suelen e Angelo eram responsáveis pelo cárcere, medicação e contenção dos pacientes, enquanto os outros quatro indivíduos indiciados eram responsáveis por agressões e torturas.
A investigação teve início após um paciente de 96 anos ter sido internado com sinais de maus-tratos no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis (Heana). Suelen se apresentou como responsável pela clínica onde ele estava, enquanto Angelo conseguiu fugir. Nessa unidade, foram resgatadas 43 pessoas.
Posteriormente, a polícia recebeu informações sobre outra clínica pertencente ao casal, onde um funcionário teria fugido. Naquela unidade, foram encontrados 30 internos, muitos deles com deficiências intelectuais severas. As autoridades continuam a investigação para garantir a justiça às vítimas e responsabilizar os envolvidos neste terrível caso.
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