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Câmara Municipal pede prisão do prefeito de Aparecida de Goiânia por descumprimento de decisão judicial

Juíza Vanessa Estrela dá 24h para que Vilmar Mariano realize pagamento integral do duodécimo ao Legislativo, sob pena de medidas coercitivas



A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia acusa o prefeito, Vilmar Mariano (MDB), de descumprir determinação judicial e solicita a prisão. A causa do conflito é a disputa relativa ao repasse integral do duodécimo ao Legislativo, que soma um montante de R$ 3,6 milhões de um total anual de R$ 44 milhões.

Em nota, a Prefeitura Municipal de Aparecida afirma que sempre cumpriu o que determinam a legislação, o Poder Judiciário e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).Segundo a Procuradoria da Câmara Municipal, uma liminar judicial obtida em abril deste ano proíbe a Prefeitura de Aparecida de Goiânia de realizar descontos sobre o duodécimo.

Na última quarta-feira (20/09), o montante transferido pelo executivo foi de R$ 1,3 milhão.A justificativa da gestão municipal foi seguir as diretrizes do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O valor reduzido impossibilitou o pagamento de salários de vereadores e de funcionários do primeiro escalão do Legislativo.

Procurada pela reportagem, a Procuradoria-Geral da Câmara Municipal explicou o Legislativo obteve uma liminar que proíbe o Executivo de fazer qualquer desconto sobre a receita mensal do Poder.Esta questão surgiu devido a uma discordância relativa a um fundo destinado à construção da nova sede da Câmara Municipal.

O Legislativo teria economizado R$ 9 milhões e aplicado em um fundo de investimento para gerar rendimentos e finalizar a construção da obra. Porém, a Prefeitura Municipal entendeu que a Câmara deveria devolver o valor, visto que não foi usado.Decisões em primeira e em segunda instâncias confirmaram que a Prefeitura de Aparecida de Goiânia não poderia descontar os valores.

Prefeitura alega que pagamento do duodécimo está em dia
Prefeitura alega que pagamento do duodécimo está em dia

A Procuradoria-Geral do Município (PGM) teria explicado aos vereadores que não tinha conhecimento dessa liminar, apesar de supostamente ter sido notificada da decisão em abril. A informação é do site Folha Z, que deu a notícia em primeira mão.

Documentos da Prefeitura de Aparecida de Goiânia dariam conta de que os repasses estariam sendo feitos de acordo com o prazo e as orientações do TCM.O órgão teria validado o montante de R$ 35 milhões a ser repassado após uma análise do relatório financeiro municipal.A Prefeitura Municipal alega que a liminar foi cumprida, até que o TCM solicitou uma adaptação no valor.

Já a Câmara Municipal acusa o prefeito de tomar medidas “arbitrárias e ilegais”, em prejuízo ao funcionamento do Legislativo.Às 23h de sexta-feira (22/09), a juíza Vanessa Estrela avaliou o descumprimento da ordem judicial por parte do prefeito Vilmar Mariano, e estabeleceu 24 horas para que efetue o pagamento do restante, sob pena de responder a medidas coercitivas cabíveis.

Entre as medidas, está a possibilidade de prisão por descumprimento de ordem judicial.Até o fechamento desta matéria, na noite de sábado (23/09), a Prefeitura de Aparecida de Goiânia não informou se havia sido notificada ou não.A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Aparecida de Goiânia que informou, por meio de nota que “o repasse do duodécimo encontra-se regular e em dia”.

Também por meio de nota, a Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia se posicionou oficialmente sobre a questão.

Confira a nota oficial da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia na íntegra:

A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, a Casa do Povo Aparecidense, repudia de forma veemente a conduta arbitrária e ilegal perpetrada pelo Prefeito Municipal, que não repassou o valor integral do Duodécimo ao Legislativo neste mês de setembro, interferindo diretamente no pleno funcionamento do Poder Legislativo.

No mês de abril deste ano, a Câmara de Aparecida obteve êxito em processo judicial, conseguindo, em sede de liminar, que o Poder Executivo ficasse proibido de descontar qualquer quantia referente ao Duodécimo, que deveria ser repassado até o dia 20 de cada mês.

O descumprimento da referida liminar por parte do Poder Executivo municipal, que repassou valores de duodécimo a menor, representa um profundo desrespeito ao Poder Judiciário.

Ao contrário da atitude do prefeito, que beira a um coronelismo atrasado e irresponsável, demonstrando o tamanho da atual gestão do Paço, a Casa do Povo respeita a Justiça e as decisões proferidas pelo Poder Judiciário.

Confira a nota da Prefeitura de Aparecida de Goiânia na íntegra:

Em relação ao repasse do duodécimo da Câmara Municipal, a Prefeitura de Aparecida, por meio da Secretaria da Fazenda, sempre cumpriu o que determina a legislação, o Poder Judiciário e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Entre abril e agosto deste ano, o repasse do duodécimo foi feito com base em decisão liminar e neste mês de setembro com base em certidão do TCM. Vale ressaltar, que o repasse do duodécimo se encontra regular e em dia.

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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