Guerra em Israel: entenda o que é o Hamas e os conflitos que acontecem no País

No sábado (7), meio século após a Guerra de Yom Kippur que surpreendeu Israel com uma invasão do Egito e da Síria, militantes palestinos lançaram um ataque massivo durante um feriado judaico. Este ataque audacioso, considerado o maior lançado por um grupo palestino até o momento, supera até mesmo a intensidade da 2ª Intifada, ocorrida nos anos 2000.

De acordo com relatos internacionais, o balanço mais recente divulgado pelas autoridades no domingo (8) aponta para pelo menos 1.120 vítimas, incluindo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia, além de milhares de feridos.

Em uma postagem no sábado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a Palestina “pagará um preço sem precedentes” por esta ofensiva, declarando oficialmente o estado de guerra em Israel.

A liderança do Hamas, sob Mohammed Deif, justificou a ofensiva em resposta a uma série de fatores, incluindo o bloqueio de Gaza que já dura 17 anos, ataques israelenses em cidades da Cisjordânia em 2022, a violência em Al Aqsa, um local sagrado em Jerusalém, e o aumento dos ataques de colonos israelenses contra os palestinos, bem como a expansão dos assentamentos israelenses em território palestino.

Goianos em Israel

Marco Aurélio Freitas, um turista goiano que estava de férias com sua família em Israel, viu-se no epicentro da tensão durante os primeiros ataques do Hamas no fim de semana. Compartilhando momentos angustiantes nas redes sociais, Marco Aurélio documentou a correria desesperada dos hóspedes de um hotel em direção a um bunker, após um ataque próximo.

A tragédia atinge também os brasileiros, com pelo menos três compatriotas desaparecidos em Israel desde o início dos ataques do Hamas. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, esses indivíduos possuem dupla nacionalidade e estavam participando de um festival de música eletrônica no sul do país, próximo à Faixa de Gaza. Suas identidades, no entanto, não foram divulgadas pela pasta.

O Início do Conflito Recente

No sábado (7), o Hamas disparou 2500 foguetes em direção ao centro e sul de Israel durante sua incursão, enquanto dezenas de terroristas invadiram a fronteira, atacando civis. O chefe da polícia de Israel relatou à AFP que houve “21 cenas ativas” no sul de Israel, evidenciando a amplitude do ataque.

“Devemos considerar o fato de que estamos completando 50 anos desde a Guerra do Yom Kippur. É uma guerra em que Israel foi pego de surpresa pelos ataques do Egito e da Síria durante um período festivo. Essas memórias retornaram”, observou Leonardo Trevisan, Professor de Relações Internacionais da ESPM, à CNN.

Além disso, conforme relatos de agências internacionais, combatentes do Hamas invadiram o território israelense no sul do país, disparando contra pessoas nas ruas e fazendo reféns, aumentando ainda mais a tensão na região.

Respostas Internacionais ao Conflito

Diante desse cenário, autoridades internacionais já estão se posicionando diante do início deste conflito. O governo de Israel divulgou que o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, expressaram total apoio ao direito de Israel se defender em conversas com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Além disso, o presidente dos EUA, Joe Biden, enfatizou o total apoio dos EUA a Israel e seu direito à autodefesa durante uma ligação com Netanyahu.

No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores condenou veementemente os ataques do grupo Hamas a Israel, destacando a morte de pelo menos 20 cidadãos israelenses e mais de 500 feridos devido aos bombardeios e ataques terrestres provenientes da Faixa de Gaza.

A comunidade internacional agora observa atentamente, enquanto Israel e o Hamas continuam em um estado de guerra, gerando preocupações globais sobre a escalada da violência e as vidas que estão em jogo.

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