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Vigilância Sanitária proíbe vendas de produtos estéticos que podem estar relacionados a complicações em 6 mulheres

Com a proibição, as empresas que possuem esses produtos em estoque devem retê-los durante o período de vigência da resolução

Os dois produtos estéticos que podem ter causado complicações em ao menos seis mulheres tiveram a distribuição e comercialização interditados cautelarmente pela Vigilância em Saúde (Suvisa) de Goiás. Com a proibição, as empresas que possuem esses produtos em estoque devem retê-los durante o período de vigência da resolução. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil.

Os produtos afetados são: InduMAX Fluído Coloidal Dermo Ultraconcentrado Tonificante – UP Glúteos; e InduMAX Fluido Dermo Bioestimulador e Preenchedor Filler-CA Harmony.

A decisão foi publicada em uma edição suplementar do Diário Oficial do Estado na sexta-feira (30). 

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Emília Podestà, durante o depoimento à polícia, a proprietária da CosmoBeauty disse que os produtos possuíam registro e não seriam responsáveis pelas complicações. 

A mulher afirmou que o problema seria a técnica de aplicação utilizada pelas profissionais. No entanto, a delegada explicou que nenhum dos produtos mencionados possui registro e que a forma de aplicação utilizada é a mesma indicada na embalagem e ensinada pelas consultoras.

A polícia esclareceu que os dois produtos que tiveram a comercialização interditada foram utilizados nos procedimentos estéticos investigados. Além das quatro mulheres que apresentaram complicações em Goiás, foram identificadas duas outras pacientes que utilizaram esses produtos no Paraná. Como os sintomas relatados pelas mulheres são semelhantes e com a mesma gravidade, a instituição aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que deve determinar a composição dos produtos e se as substâncias podem estar causando tais sintomas.

A Polícia Civil está investigando os casos em que as pacientes relataram problemas de saúde após o uso dos produtos. Em um dos casos, Betânia Lima Guarda, de 29 anos, teve embolia pulmonar e hemorragia no pulmão, precisando ser entubada na UTI. Cláudio, ex-marido de Betânia, contou que ela contratou um pacote que incluía a aplicação no rosto e nas nádegas. “Ela fez no rosto e tudo correu bem, mas quando iniciaram o processo nas nádegas, ela se sentiu mal”, disse.

Durante a investigação, a polícia encontrou outras três vítimas. Segundo a delegada, uma dessas vítimas, também residente em Aparecida de Goiânia, prestou depoimento por videochamada, pois estava hospitalizada e teve sete paradas cardíacas durante a internação.

 

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