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Lula ainda está indeciso sobre a escolha do novo PGR

O presidente poderia ter escolhido o substituto de Augusto Aras desde o final de setembro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda indeciso sobre o novo procurador-geral da República (PGR), tem sido aconselhado por assessores próximos a ampliar suas opções além da cúpula do Ministério Público. Diante da falta de decisão quanto ao nome a ser escolhido, alguns auxiliares sugerem que Lula explore procuradores das instâncias inferiores.

A tradição na escolha do procurador-geral é selecionar um nome entre os 74 subprocuradores-gerais que compõem a cúpula da PGR. No entanto, ao expandir as opções para outras instâncias, Lula teria aproximadamente 1150 nomes à disposição.

De acordo com informações obtidas pelo G1, procuradores de primeira instância já apresentaram seus currículos a membros do Planalto, mas esses nomes ainda não foram levados ao conhecimento de Lula.

A escolha de um procurador atuante na primeira ou segunda instância seria uma novidade, embora não seja ilegal. A legislação estabelece apenas que o chefe da PGR seja um membro da carreira com mais de 35 anos, não exigindo expressamente que seja um subprocurador-geral.

Alguns membros da instituição argumentam, no entanto, que a nomeação deve recair sobre alguém no topo da carreira.

A PGR está sob comando interino da procuradora Elizeta Ramos desde o término do mandato do ex-procurador-geral Augusto Aras em setembro. Apesar de já poder ter indicado o sucessor, Lula ainda avalia suas opções, e a decisão final não está totalmente tomada.

Entre os nomes inicialmente cotados como favoritos, destacam-se os procuradores Paulo Gustavo Gonet Branco, Mário Luiz Bonsaglia e Antonio Carlos Bigonha.

Em Brasília, há expectativas de que a escolha de Lula seja anunciada nos próximos dias. O presidente já indicou que não seguirá a lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), apresentando os três procuradores mais votados pelos colegas para o comando da PGR.

A lista tríplice deste ano inclui Luiza Frischeisen, Mário Bonsaglia e José Adonis. Lula, em mandatos anteriores, optou pelos mais votados, enquanto Michel Temer escolheu o segundo mais votado entre os procuradores.

 

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