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Carla Zambelli presta depoimento à PF sobre invasão ao CNJ por hacker

Preso desde agosto, Walter Delgatti Neto alega que deputada solicitou ataque ao Judiciário para desmoralizar o Poder.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) está agendada para depor à Polícia Federal, em Brasília, nesta terça-feira (14), no âmbito do inquérito que investiga a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto. O interrogatório marca a fase final das investigações.

Zambelli adiantou ao blog sua versão dos eventos que envolveram sua relação com Delgatti. Além disso, ela trouxe à tona detalhes da visita do hacker ao Ministério da Defesa durante as eleições de 2022, um episódio sob investigação da PF em outro inquérito relacionado à suspeita de um suposto golpe articulado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a parlamentar, Delgatti propôs aos militares um novo modelo de teste nas urnas, uma sugestão que ela discutiu com o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e com o comandante da Marinha à época, almirante Almir Garnier.

 

Versão de Zambelli: Contrato e Pagamento

Zambelli nega qualquer envolvimento em atividades criminosas e afirma que contratou Delgatti apenas para gerenciar suas redes sociais, não solicitando a prática de crimes. Segundo a deputada, um adiantamento de R$ 3 mil foi pago por um assessor, mas o serviço não foi executado.

A versão de Delgatti difere, afirmando que recebeu R$ 10,5 mil para atacar o Judiciário e aproximadamente R$ 25 mil em dinheiro. A PF, no entanto, constatou que os R$ 10,5 mil foram pagos ao hacker por um assessor de Zambelli na compra de caixas de uísque.

 

Esclarecimentos de Zambelli: Tratamento Médico e Sugestão aos Militares

Quanto ao tratamento médico, Zambelli admite que enviou um assessor para levar Delgatti a um hospital, mas nega ter arcado com os custos. Ela destina emendas parlamentares para o hospital em questão.

Sobre a sugestão aos militares, Zambelli confirma a presença de Delgatti no Ministério da Defesa, onde ele propôs um teste de integridade das urnas. A deputada argumenta que questionou a viabilidade dessa proposta com autoridades militares, mas a sugestão não foi aceita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A reportagem revela que Zambelli contesta as afirmações de Delgatti de que Bolsonaro solicitou a ele o grampeamento do ministro Alexandre de Moraes. A deputada afirma que o encontro ocorreu para discutir a possibilidade de realizar um Teste Público de Segurança nas urnas, mas Delgatti não concordou.

 

 

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