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Mais de 40 dias depois, servidores da educação em Goiânia encerram greve

Paralisação contou com a participação de 1.241 funcionários em 148 unidades de ensino

A greve dos servidores administrativos da educação na rede municipal de ensino em Goiânia foi suspensa após 43 dias de paralisação. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego) em comunicado nas redes sociais nesta terça-feira (14).

A decisão foi tomada após assembleia na Câmara Municipal, onde a maioria votou a favor da suspensão diante do acordo assinado no Tribunal de Justiça (TJ) na segunda-feira (13).

O acordo, mediado pelo desembargador Fernando Braga, prevê o pagamento da data-base 2023 e um auxílio locomoção no valor de R$ 500 a partir de dezembro. O plano de carreira, uma das principais reivindicações da categoria, será discutido a partir do dia 22 de novembro, com uma audiência marcada para 13 de dezembro para dar continuidade à estruturação.

Durante a greve, que durou mais de 40 dias, os servidores reivindicaram melhores condições de trabalho, aumento do auxílio locomoção e a atualização do plano de carreira. A paralisação contou com a participação de 1.241 funcionários em 148 unidades de ensino.

As consequências da greve afetaram o funcionamento de algumas unidades de ensino da capital, com Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) operando apenas em um turno devido à ausência dos servidores administrativos.

A greve foi decidida um ano e meio após a promessa do Paço de atualizar o plano de carreira da categoria, que datava de 2011, conforme o Sintego. Durante a paralisação, a Prefeitura mobilizou servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) para desempenhar funções ligadas à limpeza e preparação de merendas em unidades de ensino, ação contestada pelo sindicato.

A suspensão da greve ocorre após uma nova proposta da prefeitura ser aceita em assembleia pelo Sintego. A proposta inclui o pagamento da data-base em dezembro, o reajuste do auxílio locomoção para R$ 500 a partir de 16 de novembro, e a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, com a primeira reunião agendada para 22 de novembro.

A presidente do Sintego e deputada estadual Bia de Lima ressalta que a greve está suspensa, não encerrada. “A categoria compreendeu a importância do documento que foi assinado ontem na conciliação”, afirma. A continuidade das negociações e a possível convocação de nova assembleia estão condicionadas à evolução das discussões até 13 de dezembro.

Os servidores voltam ao trabalho normalmente na quinta-feira (16).

 

*Com informações G1 Goiás

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