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PGR pede cassação do mandato do deputado Gustavo Gayer por racismo e injúria

Parlamentar é acusado pelos crimes de racismo contra o Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida

Na última sexta-feira (17), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O parlamentar é acusado pelos crimes de racismo contra o Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e por injúria contra o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva.

A acusação de racismo também envolve falas discriminatórias contra povos de origem africana. A denúncia é assinada pela vice-procuradora-geral da República, Ana Borges.

Declarações de Gustavo Gayer em entrevista

Gayer foi entrevistado no podcast 3 irmãos, que foi ao ar em 23 de junho deste ano. A entrevista inicia com o apresentador comparando o QI da população africana com o de macacos: “O QI na África é 72. Não tem como a gente esperar alguma coisa da nossa população”.

O parlamentar concorda e continua: “o Brasil está emburrecido”. Afirma que democracias não prosperam na África por conta da “capacidade cognitiva” da população. “Você precisa ter um mínimo de capacidade cognitiva de entender entre o bom e o ruim, o certo e o errado”, disse. Na sequência, o deputado afirmou também que Brasil “está desse jeito”. “O Lula chegou na presidência e o povo burro ‘eeeee picanha e cerveja!’.

Racismo contra ministro dos Direitos Humanos

Nas redes sociais, Gayer também teria cometido o crime de racismo ao vincular a afro descendência ao ministro Silvio Almeida e uma: “suposta inferioridade do quociente de inteligência dos povos africanos e afrodescendentes”.

O órgão também apresentou denúncia pelo crime de racismo contra Rodrigo Barbosa Arantes, apresentador do programa. Após o podcast, o Ministério da Justiça havia acionado a Polícia Federal (PF), para tomar providências sobre o caso.

A PGR solicitou que os processos tramitem em conjunto. Caso a corte aceite a denúncia, os acusados passam à condição de réu e será aberta uma ação penal contra eles.

Até o momento, Gayer não se manifestou sobre o caso.

 

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