O nome de Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento e Orçamento, tem sido cotado para assumir o Ministério da Justiça. A sul-mato-grossense pode assumir após a saída de Flávio Dino, atual comandante da pasta, que pode ser indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Simone Tebet é advogada e especialista em Direito pela Escola Superior da Magistratura e mestre em Direito do Estado pela PUC de São Paulo.
Analistas apontam que a ida de Tebet para o Ministério da Justiça acalmaria os ânimos em relação a não indicação de uma mulher para o STF no lugar da ministra Rosa Weber. Com a nomeação de Flávio Dino, a Corte terá apenas a ministra Cármen Lúcia como representante feminina. Além disso, a ministra ganharia mais força política no cenário nacional.
Além de Tebet, há outros nomes cotados para a pasta, como o do ex-ministro Ricardo Lewandowski, pela proximidade com o presidente Lula. O senador Jaques Wagner, Marco Aurélio de Carvalho, o advogado do grupo Prerrogativas e o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, são outros nomes ventilados para assumir a pasta da Justiça.
Depois da eleição de Lula, a primeira reivindicação de Simone foi pelo Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família, atualmente ocupado por Wellington Dias (PT).
MDB não acredita na transição
A cúpula do MDB duvida que a ministra vá para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Até o momento, não houve sondagem no MDB sobre uma troca de cadeiras para Tebet e a avaliação no partido é que Simone está muito bem no Planejamento, e por isso foi citada. “A relação do MDB com o governo está boa. O partido não se envolve em polêmica. E os três ministros são bem avaliados”, diz um interlocutor do partido, fazendo menção também à atuação dos ministros Renan Filho (Transportes) e Jader Filho (Cidades).
A cúpula do MDB também acredita que o Ministério da Justiça é uma vaga que o PT não abrirá mão. Lembra que, na formação da equipe ministerial, Tebet tinha preferência pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O partido cogitou a pasta da Educação. Mas só foram oferecidos a Simone os ministérios do Turismo e do Planejamento, que foi o escolhido. A decisão foi dela. Agora, embora defenda internamente que não se mexe em time que está ganhando, o MDB também deixará a cargo de Simone Tebet decidir os próximos passos.
*Folha de S. Paulo
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