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A cada ano cerca de 80 pessoas ainda morrem de Aids em Goiânia

Atualmente, cerca de seis mil pessoas vivem com HIV na capital; a grande maioria (85%) é do sexo masculino, sendo que 54% têm entre 20 e 29 anos, seguida da faixa etária de 30 a 39 anos.

Dia 1º de dezembro é celebrado mundialmente o Dia do Combate à Aids. Em alusão à data e tendo como principal objetivo diminuir as infecções entre a população, a Secretaria Municipal de Goiânia (SMS) informa que a doença ainda mata cerca de 80 pessoas na capital goiana a cada ano.

Além disso, uma média de 400 pessoas contraem o HIV anualmente. Por isso, a data, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que ocorre no Brasil desde 1988, tem extrema importância.

Atualmente, cerca de seis mil pessoas vivem com HIV em Goiânia. A grande maioria (85%) é do sexo masculino, sendo que 54% têm entre 20 e 29 anos, seguida da faixa etária de 30 a 39 anos.

O superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Yves Mauro Ternes, explica que a faixa etária em pessoas do sexo masculino tem se mantido. “Conforme as informações técnicas dos casos de HIV e Aids em adultos, residentes no município de Goiânia, as notificações de infecção pelo HIV em pessoas do sexo masculino se mantiveram com o mesmo perfil de faixa etária. Já no sexo feminino, mudou um pouco. Em 2016, por exemplo, o maior número de casos se concentrava na faixa etária de 30 a 39 anos, já em 2020 a maioria tinha entre 40 e 49 anos”, explica.

Quanto à escolaridade, os casos de infecção pelo HIV ocorreram principalmente em indivíduos com Ensino Médio completo. Em 2020, foram registrados 446 novos casos, sendo que 171 indivíduos tinham completado o Ensino Médio (38,3%), em segundo lugar, 103 (23,1%) tinham ensino superior completo.

Rede de assistência

Goiânia disponibiliza testes para HIV em todas as unidades de saúde da Atenção Primária e Urgência. Além da testagem, caso seja necessário, todas as unidades também fazem o encaminhamento do paciente para que seja regulado e acompanhado por um infectologista.

Dentro das ações de promoção à saúde, o município disponibiliza o autoteste para HIV no Centro de Referência em Diagnóstico Terapêutico (CRDT). O exame é feito pela própria pessoa, em casa ou em qualquer outro lugar, o passo a passo é simples é de fácil interpretação. No CRDT, o paciente também é atendido por uma equipe multiprofissional com psicólogo, enfermagem e serviço social.

Prevenção

Segundo Yves Mauro Ternes, as formas de prevenção ao HIV continuam as mesmas: uso de preservativo durante as relações sexuais e a utilização de seringas descartáveis. “Essa recomendação vale também para as outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como sífilis e hepatite virais B e C”.

Para quem passou por uma situação de risco, o município oferece, no CRDT, medicações para reduzir o risco de adquirir infecção com HIV. “São os casos de violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional que é o caso de instrumentos perfurantes ou contato direto com material biológico”, explica o superintendente.

“São as Profilaxias: PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV), utilizado até 72 horas após a exposição ao risco, e PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV) que é o uso da medicação antes da exposição para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. São estratégias que têm se mostrado eficazes e seguras em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção”, conclui.

 

 

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