O setor de inteligência da Polícia Federal (PF) está ativamente envolvido no monitoramento da fronteira brasileira, diante do crescente clima de tensão entre Venezuela e Guiana. Após os venezuelanos aprovarem, em um referendo realizado no domingo (3), medidas que indicam a possível anexação de parte do território guianense, a PF intensifica sua vigilância.
Os relatórios detalhados gerados pelo monitoramento tornam-se peças-chave para embasar decisões estratégicas, podendo influenciar eventuais posicionamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lula, que esteve na COP28 em Dubai no último fim de semana, expressou preocupação e apelou ao “bom senso” entre as nações envolvidas na disputa por Essequibo, uma área que representa 70% do território atual da Guiana. “O que a América do Sul não está precisando é de confusão”, alertou Lula aos jornalistas, defendendo a busca por soluções pacíficas.
O presidente ressaltou a importância do diálogo e manifestou ceticismo quanto a um confronto direto entre os países. Contudo, o aumento das tensões levou o Exército a reforçar o efetivo do Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima (RR) de 70 para 130 membros, intensificando as operações de patrulhamento na divisa do Brasil com a Venezuela.
Leia a nossa edição impressa. Para receber as notícias do Diário de Aparecida em primeira mão entre em um dos dos nossos grupos de WhatsApp