Após morte de Élvis Mendes, Aparecidense realizará eleição para definição de novo presidente
Clube estreia no Goianão 2023, no dia 17 de janeiro, contra o Iporá, no Estádio Anníbal Batista de Toledo
Ainda bastante tímida no mercado de contratações para formatação do time que iniciará a disputa do Campeonato Goiano, que tem marcado seu pontapé inicial para 17 de janeiro, demora impulsionada principalmente pela morte do seu presidente executivo, Élvis Carlos Mendes, ocorrida no último dia 13 de dezembro, a Associação Atlética Aparecidense vive días de indefinições tanto dentro, e sobretudo fora de campo.
Com a vacância do cargo número 1 do clube, e faltando mais de seis meses para que o mandato do falecido tivesse término, o estatuto da agremiação prevê que o vice assuma provisoriamente por 30 dias, período esse onde novas eleições devem ser convocadas.
Assim sendo, o presidente em exercício da Cidinha, Naves José Bispo, em conjunto com o presidente do Conselho Deliberativo da equipe, Wilson Queiroz Brasil, publicaram edital de convocação para o pleito que vai eleger um novo mandatário do Camaleão do Cerrado, para um período tampão, válido até outubro de 2024. A reunião extraordinária para eleição da nova diretora acontecerá na sede da Aparecidense, na próxima terça-feira (02/01).
Duas chapas registraram candidatura. Em comum entre elas, existe o fato dos dois cabeça de ambas já terem ocupado a presidência em oportunidades passadas da Cidinha, e no último embate eleitoral concorreram diretamente um contra o outro, pela direção do Conselho Deliberativo.
Liderando a Chapa União e Valorização está o advogado, Valdir Alves Pinto. O candidato é “figurinha” carimbada nas dependências do Estádio Anníbal Batista de Toledo, e era uma pessoa muito próxima do ex-presidente Élvis.
Do outro lado está a Chapa Seriedade, encabeçada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Wilson Queiroz Brasil, conhecido no meio futebolístico e social de Aparecida de Goiânia, como Passarinho. O dirigente participou ativamente da reconstrução da Aparecidense, iniciada em 2010.
Em 2024, a Cidinha disputará além do Goianão, a Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro Série C. A estreia no torneio estadual será contra o Iporá, em casa, no Estádio Anníbal Batista de Toledo, no dia 17 de janeiro.
“Desde a reconstrução do time, o próximo ano será o mais difícil do clube”, diz Passarinho
Eleito pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia é já falecido, Maguito Vilela, como o “cara ” ideal para incrementar uma total reformulação e reconstrução da Associação Atlética Aparecidense, no final do ano de 2009, Wilson Queiroz Brasil, vulgo Passarinho, fez jus a responsabilidade que lhe fora atribuída.
Durante seus dois mandatos à frente da presidência do clube, estendido ao terceiro, onde seu filho esteve à frente do cargo número 1 do time, a Cidinha mudou totalmente de patamar perante ao futebol local e brasileiro.
Com essas credenciais, o dirigente coloca seu nome novamente a disposição e vê com preocupação o atual momento da equipe. “Vejo com muita aflição o atual momento que a Aparecidense passa. Com a morte do Élvis, a situação ficou horrorosa. Nós do Conselho Deliberativo não podemos fazer nada, quem poderia fazer era o vice que assumiu, mas ele não demonstrou reação e disse que vai esperar somente até o próximo dia 2, quando será eleita a nova diretoria. Os poucos atletas que aqui estão, praticamente estão abandonados, com dois meses de salários atrasados. Enfim, independente de quem ganhar, as dificuldades serão tamanhas”, enfatizou.
Passarinho diz que quando assumiu o clube em 2009, a dívida do time na época era estimada na casa de R$ 1,2 milhões, e que quando deixou a diretoria juntamente com o seu filho, Wilsinho, deixou em caixa, algo em torno de R$ 200 mil.
Entretanto, segundo ele, o próximo presidente herdará um rombo de mais de R$ 4 milhões. ” O Élvis estava doente há muito tempo. Pelo bem do clube, teria que haver a renúncia dele após o fim do Campeonato Brasileiro, para que tivesse feito a eleição, e um novo presidente estivesse na formatação de um novo time, e a captação de novos parceiros. Esse ano será de sobrevivência, Passamos o time para o Élvis, com um caixa positivo, e hoje estão entregando com dívida estimada em mais de R$ 4 milhões”, completou.
Para finalizar, Passarinho garante ter conversas adiantadas com um grande patrocinador, diz que a transformação da administração do clube em Sociedade Anônima de Futebol (SAF), se propõe como a grande solução, para que que o clube atinja uma profissionalização, sem que haja dependência de recursos oriundos do poder público.
“Praticamente todo mundo hoje, enseja um clube organizado igual ao Camaleão”, diz Dr. Valdir
Conselheiro mais presente em termos de presença física, seja ela em jogos no Estádio Anníbal Batista de Toledo, em Aparecida de Goiânia, ou em partidas fora, o advogado Dr. Valdir Alves Pinto prega união e se diz preparado para assumir a presidência da Aparecidense para o mandato tampão que terá duração de pouco menos de onze meses.
“Essa história de dívida milionária que o presidente do Conselho Deliberativo está propagando é totalmente irreal. Não tenho nada contra ele, mas o que não estou achando legal é o terrorismo que o Passarinho está fazendo. Está distorcendo totalmente às coisas”, diz Valdir.
“Os jogadores já estão cientes. Não tem nada de salários atrasados em demasia. Sabem que sendo eu o eleito, vou contratar mais uns seis a oito atletas. É conversa fiada de pessoas que acusam, sem que a pessoa acusada não esteja aqui para se defender. Ficam denegrindo a imagem do clube, dizendo que estamos, digo estamos, porque todo mundo sabe que tinha muita proximidade com o Élvis, deixando os jogadores sem comida, sem água, é um absurdo isso, isto não está acontecendo “, dispara.
Para finalizar, como o próprio nome da chapa sugere, Dr. Valdir prega a União e Valorização do clube.
“Vamos levar a Aparecidense daqui para frente sem brigas, estou lá dentro, a situação não está nessa terra arrasada.. Eu amo essa cidade, não quero aqui de forma alguma denegrir a imagem de alguém, quero união, preciso do Passarinho no Conselho Deliberativo, preciso da ajuda dele, do filho dele, dos outros conselheiros. Me dê essa oportunidade no dia 2, se eu for ruim, denigrem a minha imagem com razão, e eu vou aceitar, mas me dê a oportunidade”, finaliza.
Por Júnior Schumacher