Editorial

Omissão

O prefeito Vilmar Mariano publicou um artigo em O Popular no qual diz que o principal foco da sua gestão é cuidar das pessoas. Merece cumprimentos por mostrar consciência sobre a situação dos mais de 50 mil aparecidenses que vivem hoje em situação de precariedade, conforme os números do CadÚnico do governo federal.

Eles são os que verdadeiramente precisam de cuidados. Mas intenção, apenas, é pouco nessa hora. Fato é que a faixa vulnerável da população de Aparecida não é atendida por nenhum programa social permanente, a cargo da prefeitura. Nos seus 5 anos e 3 meses de gestão, encerrados em 31 de março passado, Gustavo Mendanha não mostrou empatia pelos pobres e se recusou a implantar e manter estratégias contínuas de solidariedade humanitária, a não ser a distribuição episódica de cestas básicas doadas por empresários e a manutenção das instituições municipais que acolhem crianças e idosos.

Da mesma forma, em 100 dias de administração, Vilmarzim também não deu nenhum passo adiante nessa área. Quem precisa de socorro em Aparecida, felizmente encontra alívio no Auxílio Brasil que o presidente Jair Bolsonaro está agora elevando para R$ 600 mensais, e no Mães de Goiás ou no Aluguel Social ou em alguns das dezenas de programas sociais desenvolvidos pelo governador Ronaldo Caiado.

A prefeitura foi e continua omissa. O atual prefeito é um homem humilde, que vem de baixo e conhece o sofrimento das camadas desfavorecidas do povo. Deveria ter consciência de que a fome avançou no País nos últimos meses, com a inflação descabelada e a crise da economia, e está se refletindo no incremento da insegurança alimentar das famílias, entre as quais, é evidente, as aparecidenses. A miséria bate à porta.

É preciso, com urgência, fazer o que o prefeito anterior não fez, ou seja, usar o poderoso orçamento da prefeitura, de mais de R$ 1,6 bilhão anuais, para diminuir a pena diária dos aflitos pela ausência de emprego ou, quando os têm, pelos baixos salários, ou, ainda pela impossibilidade de inserção no mercado de trabalho.
O Executivo municipal é o poder mais próximo da população, no seu cotidiano, e, portanto, a esfera administrativa que conta com expertise para localizar e resolver o drama dos despossuídos e sua luta para sobreviver em Aparecida.

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