Um mapeamento sigiloso, assinado pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública, aponta que pelo menos 72 facções criminosas atuam em presídios brasileiros. Os dados levantados durante a análise foram enviados pelas agências de inteligência penitenciária dos 26 Estados e do Distrito Federal.
Segundo o documento, os rivais Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) estão presentes em quase todos os estados brasileiros, inclusive em Goiás. O PCC atua nos presídios de ao menos 23 Estados. Já o Comando Vermelho aparece em ao menos 20. Além das duas principais facções, a análise identificou diversos grupos locais, com articulação restrita a bairros, distritos ou região metropolitana.
Ao portal Estadão, o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP, Bruno Paes Manso, explica que os presos passam a se autogovernar nos presídios, e adotam o modelo de negócio do PCC, visto como uma atividade bem sucedida.
De acordo com o relatório do Ministério da Justiça, as transgressões mais cometidas pelas facções são: atentados contra o patrimônio (33%) ou contra servidores (17%); resgate de detentos em presídios (9%); motins (5%); e resgate de presos em escoltas (4%).
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