Caiado defende frente de 20 pontos para Bolsonaro, no 2º turno em Goiás

Por: Helton Lenine

Cerca de 460 vereadores e mais de 40 prefeitos e vice-prefeitos goianos participaram de reunião com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o senador eleito Wilder Morais (PL), na manhã de quarta-feira, 26, com o objetivo de fortalecer o trabalho pela vitória de Jair Bolsonaro em Goiás, no 2º turno das eleições, no próximo dia 30 de outubro.

A reunião contou também com a participação do deputado federal Major Vitor Hugo (PL); dos deputados federais eleitos Jeferson Rodrigues (Republicanos) e Daniel Agrobom (PL), e dos deputados estaduais reeleitos Bruno Peixoto (UB), Cairo Salim (PSD) e Henrique César (PSC).

Caiado estabeleceu a meta de dar a Bolsonaro uma votação de pelo menos 20 pontos porcentuais de frente para o segundo colocado e, para isso, orientou prefeitos e vereadores a intensificar o trabalho de convencimento do eleitor nessa reta final.  Uma das estratégias é reduzir a abstenção que, em Goiás, ficou em 21,7% no primeiro turno do pleito.

“Temos feito o trabalho político que sabemos fazer, que é o de chegar no cidadão. Sensibilizar aquele que não foi votar no primeiro turno, lembrar que o transporte será de graça para todas as pessoas, que não haverá filas porque agora é apenas um voto. Tudo isso será fator para reduzirmos a abstenção aqui em Goiás”, orientou o governador.

Caiado relembrou as principais ações da atual gestão, como obras de infraestrutura e programas sociais, e com especial atenção para a recuperação das finanças do Estado, creditando sua reeleição já no 1º turno ao desejo dos goianos de dar continuidade ao processo de desenvolvimento de Goiás. “E, assim como eu recebi a chance de governar por mais quatro anos, nós temos de dar a chance ao presidente Bolsonaro de continuar por mais quatro anos. É a continuidade do processo de recuperação e desenvolvimento do País”, defendeu.

Vereador por Goiânia, Sandes Júnior (PP) lembrou o convívio direto que teve com Jair Bolsonaro quando ambos tinham assento na Câmara dos Deputados. “Tive o prazer de ser colega do presidente, nós 2 como deputados federais e ele também era do meu partido.

Conheço Bolsonaro muito bem, é por isso que estou firme com ele e trabalhando pela reeleição”, disse Sandes. “O momento é agora, temos que fazer essa mudança no resultado que vem se desenhando do segundo turno, e essa virada vem por nós, vereadores. Nós que conhecemos as bases, que visitamos as pessoas, que dialogamos com a população”, defendeu Hélio Araújo (PL), vereador de Anápolis.

“Acredito que é necessário manter essa aliança entre governo federal, governo estadual e municípios. Caiado fez um bom primeiro governo e, com o apoio do Bolsonaro, vamos continuar desenvolvendo Goiás e a nossa cidade de Uruaçu”, afirmou o vereador da cidade Jhonatha Fernandes (Podemos).

A deputada federal eleita Marussa Boldrin (MDB) falou sobre a força das mulheres na campanha de Bolsonaro, garantindo união e acolhimento para o eleitor que decide apoiar a reeleição do presidente. “São bandeiras que defendi e que fortalecem a campanha”, frisou Marussa.

“Estamos indo de casa em casa, falando com cada eleitor, mobilizadas para aumentar a votação de Bolsonaro no nosso município”, declarou Nayara Faria, vereadora de Cachoeira Dourada.

Jalles Fontoura: “Nos governos de Lula, agro brasileiro virou referência mundial”

Com a presença de 2 ex-ministros da Agricultura, políticos e representantes do agronegócio se reuniram na manhã desta quarta-feira, 26, em Goiânia, em apoio ao ex-presidente Lula (PT). Nos discursos, além de lembranças do legado dos governos petistas, o esforço de demonstrar que o setor não está todo com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O evento, que contou com a presença da senadora Kátia Abreu (MDB-TO) e do deputado federal Neri Geller (PP-MT), que foram ministros da Agricultura nos mandatos de Dilma Rousseff (PT), reuniu políticos goianos de PT, PSB e PSDB, entre eles Jalles Fontoura, que foi 1º suplente de Marconi Perillo (PSDB) ao Senado neste ano.

Em discurso, Jalles disse que, nos governistas petistas, “foi quando o agro brasileiro virou referência mundial. E o Centro-Oeste é estrela do agro nacional. Agro e democracia são parentes, e esse governo atual não tem esse compromisso, tensiona o tempo todo a democracia”.

Falas semelhantes foram feitas também por Rodrigo Zani (PSDB) e Flávio Faedo. O primeiro é produtor rural em Nerópolis e o segundo é nome importante do setor agropecuário na região de Rio Verde, cidade com maior participação do agro no PIB de Goiás. “A força do agro hoje se deve à renegociação das dívidas do setor nos governos petistas”, lembrou.

Faedo também disse que “parece que botaram uma viseira nos produtores, que só enxergam em uma direção”, em crítica ao apoio das principais lideranças do setor à reeleição de Bolsonaro, falas reforçadas tanto por Neri Geller quanto por Kátia Abreu.

No 1º turno, Bolsonaro ganhou na maioria dos municípios com maior participação do agro no PIB do estado. Dos 34 que têm mais importância para o setor na economia estadual, o atual presidente venceu em 29, tendo vantagem superior a 15 pontos percentuais sobre Lula em 4 das cidades com mais eleitores: Caldas Novas (11.436 votos à frente), Jataí (10.866), Rio Verde (19.489) e Luziânia (15.198).

Em 13 das 29 cidades em que Bolsonaro venceu, porém, a diferença para Lula foi inferior a mil votos, sendo a maior delas Quirinópolis, que possui 34.503 eleitores. Lá, a diferença entre os dois foi de 854 votos: Bolsonaro recebeu 12.575 e Lula, 11.721. Os dados de votação do 1º turno mostram também que, apesar de ter vencido na maioria das cidades, a proporção de votos de Bolsonaro foi menor em 30 dos 34 municípios do agro, na comparação com o percentual de votos que recebeu nessas localidades na eleição de 2018.

O atual presidente teve menor proporção de votos em 173 cidades de Goiás do que em 2018, quando foi eleito pela primeira vez. Lula venceu em 6 das 34 principais cidades do agro: Santa Helena de Goiás, Serranópolis, Campo Alegre de Goiás, Catalão e São João d’Aliança.