Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco, divulgaram dados que apontam resultados promissores na nova vacina contra o vírus da zika (ZIKV). Os testes foram realizados em camundongos.
Segundo o levantamento, além de apresentar uma quantidade baixa de vírus circulante, sendo indetectável em 42% dos casos, a testagem não teria resultado em nenhuma morte entre os animais vacinados com o material a base de DNA do vírus.
“Geralmente, quando se fala em vacina, pensamos na inoculação de vírus atenuado ou inativado. As vacinas de DNA são uma tecnologia mais avançada, que evoluiu ao longo dos últimos 30 anos e se tornou uma plataforma terapêutica poderosa. Nesse trabalho desenhamos quatro formulações de vacina de DNA que codificam parte do complexo proteico que recobre externamente o zika. E selecionamos a que se mostrou mais eficaz”, explicou a autora do documento publicado, Maria Sato, professora da Faculdade de Medicina (FM) da USP.
A melhor forma formulada pelos cientistas foi aplicada em duas doses nos camundongos. Após o reforço, os animais foram infectados com o vírus Zika e receberam um preparado de células de defesa para se recuperarem.
As vacinas de DNA são mais baratas e tecnologicamente avançadas, apresentando ainda mais eficiência quando comparadas as feitas com vírus inativado ou atenuado. “É uma tecnologia de baixo custo e relativamente fácil de trabalhar, pois permite desenhar uma formulação vacinal a partir da escolha das partes mais importantes do vírus e adicionar substâncias [adjuvantes] que potencializam a resposta imune”, explica Franciane Teixeira, primeira autora do estudo.
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