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Alerta: Ministério da Saúde libera 150 mil doses após morte por febre amarela em 2024

Ministério da Saúde visa intensificar ações de vigilância da febre amarela, uma infecção transmitida por mosquitos, e ampliar a vacinação

Após a confirmação da primeira morte por febre amarela em 2024, o Ministério da Saúde (MS) emitiu, no último domingo (28), um alerta para intensificar ações de vigilância e imunização nas áreas com transmissão ativa do vírus.

O primeiro caso confirmado foi de um morador de 50 anos da cidade de São Paulo. A MS disponibilizou mais 150 mil doses da vacina contra a doença e incentiva medidas de vigilância. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), Ethel Maciel, ressaltou que a febre amarela é uma doença facilmente evitável por meio da vacinação, que está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as faixas etárias.

“As campanhas antivacina, além de prejudicarem o combate à Covid-19, também impactaram negativamente na cobertura vacinal contra a febre-amarela, a qual está abaixo do recomendado. Portanto, é crucial que toda a população esteja com a vacinação em dia”, afirmou Ethel em comunicado do MS.
Os surtos são desencadeados quando o vírus encontra condições propícias para transmissão, como altas temperaturas, baixa cobertura vacinal e alta densidade de vetores e hospedeiros.

O Ministério da Saúde sugere que as equipes de vigilância e imunização intensifiquem suas atividades nas regiões afetadas, expandindo-as para os municípios próximos, reportem casos de doença ou morte de macacos e estejam atentas aos sintomas de febre leve a moderada em indivíduos sem vacinação. Há preocupação com o início de uma nova onda de transmissão, especialmente porque o principal transmissor da doença é o Aedes aegypti, o mesmo mosquito responsável pela propagação da dengue.”

O órgão recomendou a busca ativa de pessoas não vacinadas nas áreas afetadas. Para apoiar as ações, a pasta disponibilizou 150 mil doses extras da vacina contra a febre amarela para o estado de São Paulo na última sexta-feira, 27, e recomendou o acesso livre à vacinação nas unidades de saúde, sem necessidade de agendamento prévio.

De maneira geral, a transmissão da doença atualmente ocorre apenas por mosquitos silvestres, que vivem em zonas de mata. Ao Estadão, Regiane de Paula, coordenadora da Vigilância em Saúde (CCD/SES-SP), recomendou que todas as pessoas que planejam viajar para zona da mata, ou seja, “ir para acampamentos, trilhas e cachoeiras”, sejam vacinadas quanto antes.

No ciclo urbano, a febre amarela também pode ser transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, mas casos desse tipo não são registrados no País desde 1942.

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas iniciais da doença são: febre de início súbito, calafrios, dores na cabeça, nas costas e no corpo em geral, além de enjoo, vômito e fraqueza. Por norma, as pessoas melhoram após esses sintomas, mas 15% ficam cerca de um dia sem sintomas e, depois, evoluem para quadros mais graves. Por isso, é importante ter um acompanhamento médico.

Conforme o Ministério da Saúde, cerca de 20 a 50% das pessoas que desenvolvem febre-amarela grave podem morrer. Por isso, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica.

O tratamento é apenas em relação aos sintomas, que deve ser realizado com orientação médica. Por isso, a principal medida de proteção contra a febre amarela é a vacinação.

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