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Aparecida de Goiânia celebra aniversário com bolo de 102 metros na manhã deste sábado

Diversas autoridades compareceram no evento da cidade

Em comemoração ao aniversário de Aparecida de Goiânia, que completa 102 anos, realizou-se o tradicional desfile Cívico na manhã deste sábado (11), que contou com um bolo de 102 metros de comprimento. O desfile ocupou o Parque da Família, na Avenida Independência. O prefeito Vilmar Mariano (União), o ex-prefeito Gustavo Mendanha (MDB) e o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e diversas autoridades compareceram no evento.

O Gestor Vilmar Mariano ao lado da primeira-dama e secretária de Assistência Social, Sulnara Santana“Aparecida é a cidade das oportunidades e estamos trabalhando muito para manter a cidade no rumo do desenvolvimento conforme projetou Maguito Vilela e Gustavo Mendanha e eu, demos continuidade”, destacou o prefeito Vilmar.

A deputada federal Silvye Alves também esteve presente no desfile e falou com exclusividade ao jornal Diário de Aparecida. “Estou muito feliz por participar do desfile e ter esse contato com os aparecidenses, uma das cidades onde mais recebo o calor humano, a humildade das pessoas, a simplicidade e o carinho. E fico muito feliz em contribuir aqui na cidade como deputada federal”, Silvye Alves.

A cidade de Aparecida já está em seu quarto dia de festa, onde vários cantores da música gospel, sertaneja, DJs entre outros estiveram presentes no palco do, Aparecida é show. Pessoas de várias regiões vieram prestigiar a festa mais aguardada pelo povo aparecidense. O Aparecida é Show segue até este domingo, 13. A entrada é 2kg de alimentos, toda a arrecadação será destinada ao Rio Grande do Sul.

O município, que, por anos, teve características de cidade-dormitório, chega aos 102 anos com relatos de pessoas que o escolheram devido às oportunidades de emprego.

O vigilante Elisson Dias, de 46 anos conta que quando chegou na cidade de Aparecida era muito diferente e se orgulha com o crescimento “Eu era uma criança quando cheguei na cidade, sinto orgulho com tamanho crescimento, antes os moradores tinham que se deslocar da cidade para outra região para trabalhar, hoje o município recebe trabalhadores de outras regiões. Um grande salto”, conta Elisson.

História de Aparecida de Goiânia.

O ano era 1922. E não pensem que apenas São Paulo respirou ares de novidade nesta data, que ficou marcada pela realização da Semana de Arte Moderna. Também no interior do País, a vanguarda caminhava por veredas até então desconhecidas. Mas aqui o processo era outro. Passava, na verdade, por uma rede de circunstâncias e por que não dizer de sonhos, que, mais tarde, culminariam na formação de uma cidade. Renovação de linguagem, lá, em São Paulo; renovação na organização social, aqui, em Goiás. É, Aparecida de Goiânia nascia num contexto nacional recheado de mudanças, espírito de ruptura com o passado e experimentação do novo.

Foto: Divulgação

Foi mais ou menos assim. No dia 20 de março de 1922, o vigário Francisco Wand, da congregação do Santíssimo Redentor, rezou uma missa na sede da Fazenda Santo Antônio. A propriedade era do senhor José Cândido de Queirós, que sabia da importância de ceder o local para a realização da desobriga pascal, isto é, dar oportunidade à comunidade de comungar e de realizar os batizados e casamentos, pelo menos uma vez ao ano. E nesse dia surgiu a ideia de fundar um patrimônio para a Igreja Católica. Além de José Cândido, mais três senhores se prontificaram a doar terras para a obra: Abrão Lourenço de Carvalho; Antônio Batista de Toledo e Benedito Batista de Toledo.

Menos de dois meses depois, no dia 3 de maio de 1922, um cruzeiro de aroeira lavrada despontava no cerrado, marcando oficialmente a primeira missa campal do município que ainda estava por surgir, missa essa celebrada pelo vigário Francisco Wand. Posteriormente, o cruzeiro foi transportado por uma multidão, que saiu a pé da Fazenda Santo Antônio até a frente da Igreja Matriz, atualmente, Santuário Nossa Senhora Aparecida.

No dia 11 de maio de 1922, debaixo de um rancho de madeira roliça e coberta com palha de bacuri, foi rezada a segunda missa campal, onde foi construída a capela da padroeira do arraial, recebendo mais tarde o nome de Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Neste mesmo ano, iniciou-se a construção da igreja, que deveria ser levantada com o auxílio do povo da região.

Dentre os vários colaboradores estão Aristide Frutuoso, Antônio Lourenço Ribeiro, Antônio Alves Fortes, Antônio Bertoldo Ribeiro, Elias Gonçalves Primo, Manuel Cabral da Silva, Joaquim Marques da Silva, Benedito Batista de Toledo e outros. Estas pessoas doaram madeira, areia, adobes, pedra, telha, carreto e outros materiais e serviços.

No mesmo local onde foi feito o rancho e celebrado a missa de inauguração, simbolizando o lançamento da pedra fundamental, foi construída a igreja, a mesma que, ainda hoje, ostenta a praça do jardim com seu estilo antigo, ou seja, a famosa Praça da Matriz. O senhor João Batista de Toledo, carpinteiro de referência, foi encarregado de construir a igreja, até o término da obra.

No início de 1932, abre-se a primeira casa comercial em Aparecida, de propriedade do senhor Aarão Augusto de Souza. Com o tempo, a cidade cresce e passa a ser conhecida como Arraial de Aparecida.

Mas não por muito tempo. Em 26 de dezembro de 1958, pela Lei n° 1.406, foi criado o Distrito de Goialândia. Destacaram na criação os seguintes patriarcas: o industrial Antônio Carvelho; o deputado estadual José Hermano Vieira; o diretor do Colégio Lyceu de Goiânia, Gervásio Bretas, e o interventor do Estado de Goiás, José Caixeta.

Com a criação do distrito, foram conquistadas várias melhorias: energia elétrica, escola estadual e a instalação da coletoria estadual. O Distrito de Goialândia teve como primeiro subprefeito, nomeado pelo então prefeito de Goiânia, Jaime Câmara, o senhor Antônio Elias de Deus, que exerceu o mandato de 15 de janeiro de 1959 a 31 de dezembro de 1961. O segundo subprefeito foi o senhor Gentil Goiano Brasil, que exerceu o mandato de 1º de janeiro de 1962 a 3 de julho de 1963. Gentil Goiano Brasil foi nomeado pelo prefeito de Goiânia, Hélio Seixo de Brito. O terceiro e último subprefeito, Alfredo Alves Garcia, também foi nomeado pelo prefeito de Goiânia, Hélio de Brito, e exerceu o mandato de 4 de julho de 1963 a 2 de fevereiro de 1964.

Nessa época, já havia movimento de luta para emancipação do Distrito de Goialândia. No dia 13 de novembro de 1963, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Goiás lavrou o parecer favorável da emancipação do distrito para município. Em 14 de novembro do mesmo ano, o deputado estadual Olinto Meirelles entra com o processo de n.º 1.781/63 para segunda discussão e votação da emancipação do município. Por meio do projeto de Lei n.º 784/63, de 8 de agosto de 1963, a Assembleia Legislativa sanciona a Lei n.º 4.927, de 14 de novembro de 1963, criando, assim, o município de Aparecida de Goiânia.

No dia 3 de fevereiro de 1964, o governador do estado, Mauro Borges Teixeira, nomeia Licídio de Oliveira como o primeiro prefeito de Aparecida. O país passava por momentos difíceis, devido ao golpe militar de 1964. Em Goiás, o presidente da República, marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, nomeou como interventor do governo o tenente-coronel Meira Matos. Como o município de Aparecida de Goiânia era novo e representava o reduto de partido político contrário ao golpe militar, foi nomeado para ocupar o cargo de prefeito o ex-combatente de guerra José Bonifácio da Silva, cujo mandato foi até 31 de janeiro de 1966. A partir dessa data, assume o primeiro prefeito eleito pelo voto direto Tanner de Melo, e, desde então, os prefeitos têm sido eleitos de forma democrática

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