O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre a disseminação da febre oropouche no Brasil, com 5.102 casos registrados até o momento. A doença, causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus e transmitida por mosquitos, está se espalhando rapidamente pelo país. A maioria dos casos se concentra no Amazonas, com 2.947 infecções, seguido por Rondônia, com 1.528 casos.
Os estados da Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná também apresentam casos da doença, totalizando 627 infecções adicionais. Algumas dessas ocorrências ainda estão sob investigação para confirmação. A febre oropouche tem afetado principalmente pessoas entre 20 e 29 anos, mas também foram relatados casos em faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 10 a 19 anos.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, destacou que a doença está se espalhando para outras regiões do Brasil, além da concentração inicial na Região Norte. “Acreditávamos que a doença ficaria restrita à Região Norte, mas houve uma disseminação para outras áreas”, afirmou.
Para enfrentar esse cenário, o Ministério da Saúde implementou uma vigilância específica para a febre oropouche e elaborou orientações clínicas para profissionais de saúde. “Não tínhamos um manual ou protocolo para a febre oropouche. Agora, distribuímos testes para toda a rede de laboratórios centrais (Lacen) e estamos conseguindo diagnosticar corretamente a doença. Monitoramos de perto e entendemos melhor essa nova arbovirose”, completou a secretária.
A febre oropouche foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960, em uma preguiça. A transmissão ocorre principalmente por mosquitos como o Coquilletti diavenezuelensis, o Aedes serratus e o Culicoides paraenses. Quando um mosquito pica uma pessoa ou animal infectado, ele carrega o vírus por alguns dias. Ao picar uma pessoa saudável, o mosquito transmite o vírus, causando a infecção.
Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Para prevenir a doença, o Ministério da Saúde recomenda evitar áreas com alta concentração de mosquitos, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele. Manter a casa limpa e eliminar possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas, também são medidas eficazes para prevenir a febre oropouche.
O Ministério da Saúde continua monitorando a situação e reforça a importância de seguir as orientações de prevenção para controlar a disseminação da doença e proteger a saúde da população.
Fonte: Agência Brasil
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