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Dor de cabeça pode sinalizar a existência de doenças graves

Para a neurologista do Instituto de Neurologia de Goiânia, Aline Leite, é importante investigar as causas das cefaleias persistentes para diagnosticar em tempo possíveis doenças como tumores ou sangramentos cerebrais

Cefaleia é o termo médico utilizado para definir qualquer tipo de dor de cabeça. Essa é uma condição bastante comum, capaz de atingir pacientes nas mais diferentes faixas etárias. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE), a cefaleia atinge cerca de 30 milhões de pessoas no Brasil.

Existem mais de 150 tipos de dor de cabeça, classificados conforme a origem da dor. Segundo a neurologista do ING, Aline Leite, são consideradas cefaleias primárias aquelas que não têm causas detectáveis com exames, destacando-se a enxaqueca, a cefaleia tensional e a cefaleia em salvas. Ela explica ainda que a cefaleia pode surgir no conjunto de sintomas de outras doenças e condições médicas, como sinusites, tumores ou sangramentos cerebrais, sendo consideradas cefaleias secundárias.

Além da dor de cabeça, a qual é o sintoma clássico de cefaleia, outros sintomas podem se apresentar como sensibilidade à luz, aos sons e aos cheiros; irritabilidade; náuseas e vômitos; sensação de latejamento e dor que fica mais intensa ao movimentar o corpo.

No dia 19 de maio, celebra-se o Dia Nacional do Combate à Cefaleia. A data é um momento para conscientizar a sociedade sobre os cuidados para evitar a doença, assim como a necessidade de buscar ajuda médica especializada em casos de dor de cabeça persistente. “Qualquer dor de cabeça persistente deve ser investigada e tratada”, explica a neurologista. “O tratamento deve ser tanto para as crises de dor, como para a profilaxia, ou seja, para evitar a ocorrência de dor”, completa.

Os principais fatores desencadeadores da cefaleia primária são: alterações no sono, jejum prolongado, fatores emocionais e até mesmo alguns alimentos como café, chocolate, alimentos gordurosos, frutas cítricas, entre outros, adverte a especialista. Por isso, para evitar a ocorrência dessas, é importante seguir uma alimentação balanceada, evitando ingerir alimentos que possam estar causando cefaleia. A realização de atividade física regular, bem como o sono de qualidade, e a administração de situações estressantes também ajudam a prevenir o problema.

O tratamento da cefaleia vai depender diretamente do tipo de cefaleia que a pessoa possui. Em muitos casos, como os da cefaleia de tensão, o paciente precisa remediar aquilo que está servindo como gatilho para a dor. Existem medicamentos variados que podem auxiliar a diminuir a dor da cefaleia, que devem ser indicados por um especialista, conclui a neurologista.

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