A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto viraram, nesta terça-feira (21), réus no âmbito da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão veio do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Primeira Turma da Corte começou a analisar nesta tarde a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A pasta atribui, no total, 10 crimes à parlamentar, suspeita de ser a mandante das ações criminosas.
Em depoimento à Polícia Federal, o hacker disse que teria sido contratado pela parlamentar para fraudar urnas eletrônicas e inserir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no sistema do CNJ. A assessoria de Carla Zambelli teria efetuado um pagamento de R$ 13 mil.
Segundo Zambelli, o dinheiro repassado refere a serviços para o site dela.
O relator da ação no STF, Alexandre de Moraes, votou para receber a denúncia e tornar os dois réus. Ele foi seguido pelos demais ministros do colegiado: Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux. Com isso, os réus passam a responder ao processo no Supremo. Desta decisão, cabe recurso próprio no tribunal.
Ainda em fevereiro, Carla Zambelli e Delgati Neto foram indiciados pela PF. Segundo o relatório, Delgatti Neto foi “instigado pela parlamentar para acessar o sistema do CNJ, com o intuito de causar prejuízo à imagem do Judiciário e de um ministro do STF […]”, “tanto que Zambelli recebeu os documentos comprovando as invasões ao sistema e as inserções de documentos falsos”.
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